Vivemos a época das redes. Formações rizômicas espontâneas de seres humanos e máquinas que
provocam erupções e disrupções societais ao sabor de suas próprias volições e mutações. Sim, o sistema
possui vontade - sustentamos -, e, sim, nós e nossos corpos e mentes fazemos parte desse gigantesco sistema.
E sim, mais uma vez: o sistema é literalmente vivo, já que o animamos constantemente com nossas próprias
consciências. Somos - metaforicamente - como neurônios num cérebro “glocal”, o que vale dizer, um cérebro
global e local ao mesmo tempo. E as sinapses que esse cérebro produz são as informações compartilhadas.
Daí se segue que o referido sistema tem também consciência e sensibilidade. Esse é o contexto que se
apresenta diante de nós agora, repleto de transformações e metamorfoses continuadas. Nesse sentido, a
cibercultura e as realidades virtuais estão transformando radicalmente a nossa experiência psicossocial
coletiva, ou seja, a forma como vivemos, nos comportamos, nos compreendemos e a própria realidade.
QUARESMA, Alexandre. Ciber-relações societais. Sociologia. Ed. 70. São Paulo: Editora Escala. p. 28. (Fragmento adaptado)
No trecho, o uso repetitivo do “sim” cumpre, principalmente, a função de
A) responder a perguntas que foram enviadas à edição de revista.
B) manifestar a empolgação do jornalista em relação ao tema abordado.
C) construir a direção argumentativa do texto.
D) introduzir asserções inquestionáveis.