O Modernismo levou muito mais longe do que o Romantismo a subversão dos gêneros literários. Houve uma espécie de
permuta: a poesia aproximou-se do ritmo, do vocabulário, dos temas da prosa; a prosa de ficção adotou resolutamente
processos de elaboração da poesia, como é notório na fase dinâmica de 1922-1930.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da Literatura Brasileira - Modernismo)
Pode-se comprovar a afirmação acima diante
(A) de elementos mitopoéticos no romance Macunaíma e dos aspectos prosaicos de poemas de Oswald de Andrade.
(B) de romances históricos como O tronco do ipê e de poemas como os de Espumas flutuantes, de Castro Alves.
(C) da poesia intelectualizada de Claro enigma, de Drummond, e da prosa simples do romance O Ateneu, de Raul Pompeia.
(D) da lírica prosaica dos poemas de Mar absoluto, de Cecília Meireles, e da prosa poética de Graciliano Ramos em Angústia.
(E) da lírica libertária de João Cabral de Melo Neto e da prosa transparente de Clarice Lispector em A hora da estrela.