O fato de Machado de Assis ter escrito um romance intitulado Memórias póstumas de Brás Cubas, explicitando que se trata
da obra de um “defunto-autor”,
(A) deve-se ao propósito que teve esse escritor de abandonar as convenções da literatura realista e ingressar na ordem mais
radical da literatura fantástica.
(B) constitui uma sátira da literatura naturalista, cujos autores abusavam da liberdade de criação para sustentar suas teses
mórbidas e irracionalistas.
(C) indica a preocupação machadiana de explorar raízes ocultas de nosso passado histórico para melhor configurar questões
políticas cruciais do século XIX.
(D) revela-se irônico e crítico a um tempo, em sua proposta de analisar uma vida já completa a partir dos interesses pessoais
de quem já a protagonizou.
(E) expõe sua obsessão pela crônica histórica, levando-o a imaginar um caderno de confissões escrito por um grande vulto da
política nacional.