Há aqui o desejo de contar e cantar episódios, ao modo de uma rapsódia, em torno de uma figura lendária que fascinara o
escritor pelos mais diversos motivos e que trazia em si os atributos do herói, entendido no senso mais aberto possível de um ser
entre humano e místico, que desempenha vários papéis e vai em busca de um bem essencial.
Essas considerações do crítico e historiador Alfredo Bosi referem-se a Macunaíma, em que Mário de Andrade busca
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pensar no caráter do povo brasileiro, da nossa gente, percorrendo as trilhas da imaginação à procura de uma identidade
plural.
pintar o retrato típico do colonizador europeu que chega em nossa terra e a coloniza segundo os princípios de uma
civilização aristocrática.
criar, segundo uma lenda indígena, a figura de uma deusa branca que se vale de seus dons mágicos para atrair os
homens maus e corrigi-los.
representar entre nós a imagem mítica de um artista clássico que, uma vez entrado numa cultura dos trópicos, corrige os
excessos das práticas selvagens.
alinhavar fábulas trazidas da África pelos escravos, de modo a sugerir a superioridade de uma cultura que pouca
circulação alcançava entre nós.