Karl Marx, filho de um pai ex-judeu que se
converteu ao cristianismo para que pudesse manter
o emprego que tinha, convenceu-se, desde cedo, de
que as religiões, nas sociedades, apesar de
oferecerem um suspiro para as pessoas que vivem
em realidades sociais produtoras de sofrimentos,
estavam a serviço da mistificação dessas realidades
(O Livro da Sociologia, 2015). Nas sociedades
capitalistas, então, para Marx, as religiões serviam
de consolo e justificação e manteriam as classes
trabalhadoras exploradas pelas classes dominantes
e pelas lógicas do capital. As religiões, em geral,
esconderiam os reais problemas que assolam as
classes trabalhadoras e miseráveis nas sociedades
capitalistas oferecendo falsas e alienantes
esperanças de libertação e salvação após a vida
terrena.
O Livro da Sociologia. São Paulo: Globo Livros, 2015.
Considerando o pensamento de Karl Marx sobre as
religiões, assinale a proposição verdadeira.
A) As religiões são o alento necessário para
aqueles que sofrem com a exploração
capitalista e devem ser melhor defendidas dos
falsos profetas.
B) As religiões foram inventadas e difundidas no
mundo para o domínio social das classes
trabalhadoras sobre as sociedades em que
vivem.
C) Os pobres e miseráveis, diferentes dos que
podem ter trabalho, encontram consolo nas
crenças religiosas que prometem recompensas
aos sofrimentos.
D) As religiões distorcem a realidade e fazem com
que as pessoas se adequem a uma vida onde
existe a exploração do trabalho e o domínio de
uma classe sobre outras.