Conforme os últimos censos demográficos de
2000 e 2010, o número de adeptos das religiões
brasileiras ou “de Terreiro”, como a Umbanda e o
Candomblé, é insignificante se comparado ao
número majoritário da população cristã - católica e
evangélica - no país. Uma das razões que explicam
esse quadro é o fato histórico de que tais religiões
foram proibidas e duramente perseguidas por
órgãos oficiais no início do século XX no Brasil.
Outra explicação, segundo Pranti (2004), diz
respeito ao fato de que essas religiões continuam a
sofrer outros tipos de perseguição nos tempos atuais
- menos da polícia e mais de outros segmentos
religiosos - devido ao forte preconceito que, muitas
vezes, culmina em atos de violência contra seus
adeptos. Por exemplo, em 2019, foram registrados,
pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social
do Distrito Federal, crimes como apedrejamentos,
ações de vandalismo nos terreiros; agressões
verbais e físicas aos adeptos, além de terreiros
alvejados por armas de fogo.
PRANTI, Reginaldo. “O Brasil com axé: candomblé e
umbanda no mercado religioso”, Estudos Avançados 18
(52), 2004.
Considerando as razões para o baixo número de
seguidores das religiões afro-brasileiras atualmente,
assinale a afirmação verdadeira.
A) As religiões afro-brasileiras aparecem
subestimadas nos censos oficiais do país,
dentre outras razões, pelo temor dos seus
seguidores em declararem sua fé.
B) Esse baixo número se deve tão somente ao
terrível e covarde extermínio que os adeptos
dessas religiões africanas sofreram ao longo da
escravidão.
C) O baixo número de adeptos das religiões afro-
brasileiras deve-se ao fato de que os ritos
originários das antigas religiões africanas foram
deturpados e perdidos durante o passar dos
anos no Brasil.
D) Os adeptos dos cultos afro-brasileiros estão se
convertendo em massa à religião cristã e
abandonando as crendices antigas.