O surto de peste bubônica em 1348, após mais de meio
milênio de intervalo, não poderia ter ocorrido em
momento pior. A peste bubônica de 1348-1352
provavelmente reduziu a população da França em 30
a 40%. Paris perdeu talvez cinquenta mil pessoas.
Embora a cidade tenha inicialmente se recuperado, o
crescimento populacional foi interrompido por outras
epidemias importantes na década de 1360, e de novo
em 1374 e em 1400. [...] Como se isso não bastasse,
outras doenças epidêmicas ceifaram muitas vidas, por
exemplo: tac (caxumba) em 1414, escarlatina em
1418, dando (gripe) em 1427 e varíola em 1438.
COLIN, Jones. Paris: biografia de uma cidade. Porto Alegre:
L&PM, 2013, p. 96. Adaptado.
A ocorrência de epidemias foi frequente durante a
Idade Média. A alta mortalidade limitava o
crescimento populacional e as atividades econômicas.
A constância das epidemias no período estava
relacionada à
a) escassa população dos séculos XII-XIV, com a
concentração das pessoas nas cidades e consequente
facilitação da circulação dos patógenos causadores das
epidemias.
b) alternância das diferentes epidemias, que impedia
a compreensão das condições que favoreciam a
circulação dos patógenos causadores das epidemias.
c) incompreensão das condições que favoreciam a
circulação dos patógenos causadores das epidemias,
associada às condições de vida precárias da população,
o que favorecia o aumento do número de mortos.
d) indiferença da autoridades públicas, o que impedia
a adoção de medidas eficazes contra a circulação dos
patógenos causadores das epidemias.
e) cidade de Paris, que foi uma exceção no período
medieval, pois a circulação dos patógenos causadores
das epidemias foi mais intensa naquela cidade em
comparação a outras de porte similar.