[...] Quando lançamos uma moeda para cima e depois a pegamos, mantendo-a na mão fechada,
não temos como saber qual é a face que está virada para cima, mas ninguém discorda que o resultado
do lançamento, mesmo escondido, já é bem determinado (cara ou coroa). Dessa forma, quando abrimos
a mão, podemos “medir” o sistema, ou seja, “conhecer passivamente” a face da moeda que está à
mostra. Em outras palavras, nossa ação de “observar/medir” um sistema do mundo cotidiano não gera
efeitos significativos no sistema.
Porém, as coisas ficam mais interessantes na Física Quântica: se a moeda fosse uma partícula,
na estrutura da matéria, onde os efeitos quânticos dominam, se a “lançássemos para cima” e não
verificássemos o resultado, ela não mais estaria com seu estado bem determinado, ficando em uma
espécie de “estado sobreposto”, contendo cara e coroa, até que alguém resolvesse “medir” qual é a
“face da moeda para cima”. No mundo quântico, portanto, as medidas não são ações de apenas
“conhecer passivamente” o sistema, mas fazem, de alguma maneira ainda não bem compreendida, com
que o sistema deixe a sobreposição e assuma apenas um dos resultados possíveis.
SCHAPPO, Marcelo Girardi. Disponível em: . Acesso em: 01 ago. 2022. (Fragmento).
De acordo com o texto, o lançamento da moeda deve ser compreendido como uma analogia para
A) refutar a validade dos efeitos quânticos sobre o estado da ação de observar/medir na Física
Quântica.
B) explicar a diferença de funcionamento entre um sistema do mundo cotidiano e um sistema do mundo
quântico.
C) verificar se o conhecimento das medidas da ação de observar/medir o sistema quântico determinam
sua sobreposição.
D) compreender as consequências da ação de observar/medir um sistema do mundo cotidiano.