Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Esses três versos abrem o poema “Mãos dadas”, em que o poeta Carlos Drummond de Andrade,
(A) revoltando-se com os excessos do programa modernista, abdica dos ideais de 22 e assume uma estética conser-
vadora.
(B) nos anos de 50, retoma a alta retórica que frequentara antes de seus contatos com os modernistas.
(C) voltando-se para suas origens mineiras, formula utopias que o consolam de suas perdas e fracassos pessoais.
(D) em face das revoluções dos anos de 1930, resolve aderir aos ideais estéticos das vanguardas europeias.
(E) em sua fase mais participativa, compromete-se com o engajamento político ao tempo da II Guerra.