INSTRUÇÕES:
Leia, com atenção, o tema proposto e elabore a sua Redação, contendo entre 20 (vinte) e 30 (trinta) linhas, mas
não ultrapasse os limites da Folha de Redação.
Escreva a sua Redação no espaço reservado ao rascunho.
Transcreva seu texto na Folha de Redação, usando caneta de tinta azul ou preta.
Se desejar, coloque um título para a sua Redação, o que não deve ser incluído na contagem de linhas do texto.
Não utilize letra de forma ou de imprensa.
Não assine fora do espaço reservado na Folha de Redação;
Será anulada a Redação
— se afastar do tema proposto;
— for escrita a lápis;
— for apresentada sob forma de verso;
— estiver assinada fora do campo obrigatório;
— for escrita de forma ilegível ou indecifrável;
— for pré-fabricada (recortada ou comum a qualquer tema);
— conter símbolos e sinais.
Textos motivadores
Texto 1
Você já foi à Bahia, nega?
Não?
Então vá!
Quem vai ao Bonfim, minha nega
Nunca mais quer voltar
Muita sorte teve
Muita sorte tem
Muita sorte terá
Você já foi à Bahia, nega?
Não?
Então vá!
Lá tem vatapá!
Então vá!
Lá tem caruru
Então vá!
Lá tem munguzá
Então vá!
Se quiser sambar
Então vá!
Nas sacadas dos sobrados
Da velha são salvador
Há lembranças de donzelas
Do tempo do imperador
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito
Que nenhuma terra tem (Dorival Caymmi)
Texto 2
Pobreza extrema aumenta 23% na Bahia, diz Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social.
Concentração de renda é a principal explicação para o problema
Ele ainda tem cara de menino, está prestes a completar 18 anos, porém já lida com responsabilidades de adulto. O rapaz
que lava carros num bairro da periferia de Salvador abandonou a escola quando cursava a 5º série, não se lembra ao certo
quando. O sonho era jogar bola, mas o talento que, diz ele, ajuda a fazer fila em quadras, campos ou no asfalto, “onde tiver uma
bolinha”, é insuficiente para lhe garantir um futuro.
Precisa trabalhar para ajudar em casa, onde todo mundo faz alguma coisa, mas ninguém tem um emprego fixo. Fora isto,
ainda tem o crédito no celular, para conseguir falar com a namorada. Ele não sabe dizer o quanto recebe por mês. Cobra R$ 25
por uma lavagem padrão e nos dias bons chega a ver pequenas filas de carros no lava jato improvisado. “Eu acho que tenho muita
sorte”, diz, sem tirar a cara do celular. O que ele não tem hoje é perspectiva.
“Graças a Deus, a gente nunca passou fome, agora dizer que sei o que vou comer quando sair daqui, não sei”, reconhece no
meio da tarde de uma quarta-feira qualquer. A insegurança em relação a uma questão básica para a sobrevivência, a alimentação,
está longe de ser algo restrito ao lavador de carros. Desde meados de 2020, o vendedor de 39 anos, que pediu para não ser
identificado, busca um novo espaço no mercado formal.
Nos últimos dez anos, o número de baianos em situação de extrema pobreza passou de 2,2 milhões, em 2012, para
2,7 milhões no ano passado, o que representou um crescimento de quase 23%, de acordo com dados do Instituto Mobilidade e
Desenvolvimento Social (IMDS), com base em dados da Pnad Contínua. Houve aumento mesmo na comparação com o período
anterior à pandemia, numa proporção menor, de 5%. O número de pessoas na Bahia classificadas como pobres também cresceu,
passando de 5,5 milhões para 5,8 milhões, entre 2012 e 2021.
Estes números colocam o estado numa posição de destaque indesejável no ranking da desigualdade social. No caso da
extrema pobreza, a Bahia aparece como a 25º entre as 27 unidades da federação em percentual de pessoas que se enquadram
nestas condições e em 22º quando o critério é o percentual de pobres. Se forem avaliados os números absolutos, a Bahia é o
estado com o maior número de pessoas pobres e extremamente pobres do país, superando estados mais populosos ou que
tenham uma situação menos favorecida que a 7? economia nacional e responsável por 4% do PIB do país, além de ser o segundo
com o maior número de pobres.
O Brasil encerrou o ano de 2021 com um total de 47,3 milhões de pessoas na pobreza, o que equivale a 22,3% da
população do país.
Disponível em: . Acesso em: 15 dez. 2022.
Texto 3
Tristes sucessos, casos lastimosos,
Desgraças nunca vistas, nem faladas,
São, ó Bahia! vésperas choradas
De outros que estão por vir mais estranhosos:
Sentimo-nos confusos, e teimosos,
Pois não damos remédio às já passadas,
Nem prevemos tampouco as esperadas,
Como que estamos delas desejosos. (Gregório de Matos)
Texto 4
O Pelourinho, sua ladeira e seus casarios
Disponivel em: . Acesso em: 15 dez. 2022.
Texto 5
Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio Que pena! Fosse
uma manha de sol O índio tinha
despido O português.
(3 PENSADOR Oswald de Andrade
Proposta da Redação
A partir de sua vivência e conhecimento sobre a Bahia e dos textos motivadores, elabore uma redação dissertativo argumentativa,
dentro da norma padrão da língua portuguesa, sobre:
Bahia, terra de cores, sabores e dores e a construção de sua identidade.