Já em 1973-74, alguns setores empresariais manifestavam
suas críticas à “demasiada centralização das decisões” e à
forte presença do Estado na economia, defendendo em seu
discurso a “livre iniciativa” em oposição ao que chamavam
de “estatização da economia”.
E.)
Para as classes médias urbanas, a crise atingiu seu padrão
de vida com a queda dos salários e do poder aquisitivo,
além da ameaça do desemprego. Parcelas cada vez maiores
passaram a ver o regime com olhos críticos e a manifestar a
sua oposição à ditadura.
E.)
Para a classe trabalhadora, a crise significou o aprofunda-
mento do arrocho salarial, do desemprego, da miséria (...)
(Nadine Habert, 4 década de 70: apogeu e crise
da ditadura militar brasileira.)
Considerando os fragmentos, é correto afirmar que o processo
de abertura política no Brasil
(A) garantiu a união nacional, pois toda a sociedade passou a
defender a maior presença do poder público na economia.
(B) trouxe benefícios especiais às classes trabalhadoras urba-
nas, pois a economia voltou a crescer a partir de 1980.
(C) envolveu interesses diversos em função das imensas
desigualdades presentes na sociedade brasileira.
(D) sempre esteve nas mãos dos grupos de esquerda, gerando
um processo rápido e com punições aos agentes da dita-
dura.
(E) contou com a oposição da classe operária, que se benefi-
ciou com uma série de políticas afirmativas do governo
militar.