É preciso dizer que, com a superioridade excessiva que
proporcionam a força, a riqueza, [...] [os muito ricos] não
sabem e nem mesmo querem obedecer aos magistrados [...]
Ao contrário, aqueles que vivem em extrema penúria desses
beneficios tornam-se demasiados humildes e rasteiros. Disso
resulta que uns, incapazes de mandar, só sabem mostrar uma
obediência servil e que outros, incapazes de se submeter a
qualquer poder legítimo, só sabem exercer uma autoridade
despótica.
(Aristóteles, 4 Política.)
Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), que viveu em Atenas e
em outras cidades gregas, o bom exercício do poder político
pressupõe
(A) o confronto social entre ricos e pobres.
(B) a coragem e a bondade dos cidadãos.
(C) uma eficiente organização militar do Estado.
(D) a atenuação das desigualdades entre cidadãos.
(E) um pequeno número de habitantes na cidade.