“...) Recordo-me de como ouvi, pela primeira vez, na minha meninice,
falar desse grande seridoense (Seridó, Rio Grande do Norte) [José
Bezerra do Araújo-Galvão]. O seu nome soava como uma nota de clarim,
vibrando nas quebradas das serras e dos vales, como defensor da honra
alheia, dos limites da propriedade privada, da moça ofendida, do pobre
que apelava para a sua proteção, inimigo da prepotência, defensor dos
hábitos e costumes do seu povo, transformados por uma sedimentação
de vários séculos em norma de vida ou código de lei. No seu município
predominou por muito tempo o regime do Estado sou eu. O município
era ele. A lei era ele. O juiz, o delegado, o padre, eram ele”.
MELO. M.R. de. Patriarcas e Carreiros. Rio de Janeiro: Pongetti, 1954, p.273
O trecho trata de um fenômeno que, no Brasil,
a)
possui profundas raízes históricas, tendo surgido na República Velha e
se modificado ao longo do tempo, uma vez que, se antes não se valia de
métodos coercitivos, hoje é uma prática corrente nos meios políticos.
apesar de possuir raízes históricas, não pode ser aplicado à realidade atual
do país, uma vez que os avanços democráticos verificados nos últimos anos
impossibilitam o surgimento dos chamados “coronéis”.
está ligado às transformações urbanas do pós-Segunda Guerra Mundial,
já que tal conflito trouxe alterações significativas para a estrutura social e
política do país, possibilitando a emergência de novas camadas sociais.
não tem nenhuma ligação com o passado, mesmo porque, falar de práticas
coercitivas e métodos baseados no “mandonismo”, não faz parte da realidade
política brasileira, baseada na democracia desde sua fundação.
possui profundas raízes históricas, relacionado a uma concepção de governo
que inclui práticas de “mandonismo local”, com métodos coercitivos e/ ou
paternalistas em relação à população e aos trabalhadores.