Segundo Franz Boas, as pessoas diferem porque suas
culturas diferem. De fato, é assim que deveríamos nos referir
a elas: a cultura esquimó ou a cultura judaica, e não a raça
esquimó ou a raça judaica. Apesar de toda a ênfase que deu
à cultura, Boas não era um relativista que acreditava que
todas as culturas eram equivalentes, nem um empirista que
acreditava na tábula rasa. Ele considerava a civilização eu-
ropeia superior às culturas tribais, insistindo apenas em que
todos os povos eram capazes de atingi-la. Não negava que
devia existir uma natureza humana universal ou que pode-
ria haver diferenças entre as pessoas de um mesmo grupo
ético. O que importava para ele era a ideia de que todos os
grupos émicos são dotados das mesmas capacidades mentais
básicas.
(Steven Pinker. Tabula rasa: a negação contemporânea
da natureza humana, 2004. Adaptado )
Considerando o texto, é correto afirmar que, de acordo com o
antropólogo Franz Boas,
(A) os critérios para comparação entre as culturas são intei-
ramente relativos.
(B) a vida em estado de natureza é superior à vida civilizada.
(© as diferenças culturais podem ser avaliadas por critérios
universalistas.
(D) as diferenças entre as culturas são biologicamente con-
dicionadas.
(E) o progresso cultural é uma ilusão etnocêntrica europeia.