O comércio foi de fato o nervo da colonização do Antigo
Regime, isto é, para incrementar as atividades mercantis pro-
cessava-se a ocupação, povoamento e valorização das novas
áreas. E aqui ressalta de novo o sentido da colonização da
época Moderna; indo em curso na Europa a expansão da
economia de mercado, com a mercantilização crescente dos
vários setores produtivos antes à margem da circulação de
mercadorias — a produção colonial era uma produção mer-
cantil, ligada às grandes linhas do tráfico internacional.
(Femando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema
Colonial (1777-1808), 1981. Adaptado)
O mecanismo principal da colonização foi o comércio entre
colônia e metrópole, fato que se manifesta
(A) na ampliação do movimento de integração econômica
europeia por meio do amplo acesso de outras potências
aos mercados coloniais
(B) na ausência de preocupações capitalistas por parte dos
colonos, que preferiam manter o modelo feudal e a hege-
monia dos senhores de terras.
(C) nas críticas das autoridades metropolitanas à persistên-
cia do escravismo, que impedia a ampliação do mercado
consumidor na colônia
(D) no desinteresse metropolitano de ocupar as novas terras
conquistadas, limitando-se à exploração imediatista das
riquezas encontradas.
(E) no condicionamento político, demográfico e econômico
dos espaços coloniais, que deveriam gerar lucros para as
economias metropolitanas.