Texto |
XLI
Ouvia:
Que não podia odiar
E nem temer
Porque tu eras eu.
E como seria
Odiar a mim mesma
E a mim mesma temer.
HIST, H Cantares. São Pau: Globo, 2908 (ragmarto)
Texto II
Transforma-se o amador na cousa amada
Transforma-se o amador na cousa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.
Camões. Sento. Dponvl em: Hnejomadopoosa as Aos er: 6290 (agr
Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de
Camões, a temática comum é
O o “outro” transformado no próprio eu lírico, o que se
realiza por meio de uma espécie de fusão de dois
seres em um só.
O a fusão do “outro” com o eu lírico, havendo, nos
versos de Hilda Hilst, a afirmação do eu lírico de que
odeia a si mesmo.
@ osoutro” que se confunde como eu lírico, verificando-
se, porém, nos versos de Camões, certa resistência
do ser amado.
O a dissociação entre o “outro” e o eu lírico, porque o
ódio ou o amor se produzem no imaginário, sem a
realização concreta.
O osoutro” que se associa ao eu lírico, sendo tratados,
nos Textos | e Il, respectivamente, o ódio e o amor.