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Exercício 5999786

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(UEPA - 2012)Número Original: 15Código: 5999786

Segunda Etapa

História política, econômica e cultural do Brasil.g
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Questão de Vestibular - UEPA 2012
Questão de Vestibular - UEPA 2012
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Texto IX Entra uma beata ou uma feiticeira e assim que vão subindo a escada já vão fazendo o sinal da cruz; melhor fora que o doente se benzera destes médicos. "Deus seja nesta casa, as almas santas nos guiem, a virgem Maria nos ajude, o anjo São Rafael nos encaminhe [...] não se fie nos médicos humanos, confie somente nas orações das devotas, que só estas chegam aos céus. Mande jogar na rua esta botica, que não entre aqui se não água benta e erva de são João, mal tenha quem tanto mal lhe fez [...] está enfeitiçado até os olhos [...] pendure no pescoço uma raiz de aipo, faça uns lavatórios de erva-bicha, arruda, funcho, tudo cozido em água- benta [...] mande rezar uma missa às almas, não guarde suas medicinas para as maleitas, porque o mal que vossa mercê tem, eu conheço. (Brás Luis de Abreu citado por Mary Del Priori in Magia e Medicina na Colônia: Corpo Feminino. Del Priore, Mary e Bassanezi, Carla (coord. ) História das Mulheres no Brasil, São Paulo: Contexto, 2007. p-107) As mulheres que rezavam e curavam doentes foram consideradas malditas e perigosas pelos representantes do saber institucional. Tais práticas puderam ser encontradas em processos movidos pela inquisição contra mulheres no Brasil Colonial sob a acusação de práticas de curas mágicas e adivinhação do futuro. Isto porque: Oa medicina se tomara a legítima representante dos tratamentos de doenças tropicais. O uso das ervas e de rezas comum nas práticas das benzedeiras e de curandeiros era considerado primitivo e sem efeito nenhum sobre os doentes, que foram proibidos de receber em suas casas as benzedeiras. O os médicos e boticários entendiam que as práticas destas mulheres estavam associadas às crenças afro-indígenas de invocação de espíritos. Além disto, tais procedimentos depunham contra a colônia portuguesa que era católica e não admitia desvios doutrinários. O a religiosidade colonial era de matriz indígena, com um forte apelo às práticas xamânicas. Tais crenças dificultavam a ação colonizadora dos portugueses, que eram católicos e defendiam a formação de uma comunidade de fiéis à Igreja e a Coroa Portuguesa. O a naturalidade e a intimidade com que tratavam as doenças tornavam-nas vitimas de acusação de curandeirismo. Por possuírem um saber que escapava do controle da igreja e da medicina, elas eram perseguidas e em alguns casos foram levadas ao Tribunal do Santo Ofício. O o hibridismo religioso presente nestas práticas ameaçava a hegemonia católica na Colônia. As autoridades — eclesiásticas temiam que a população abandonasse a Igreja e que as beatas e feiticeiras formassem — comunidades religiosas autônomas.


Opções de Resposta: 
     A     
     B     
     C     
     D     
     E     





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