Texto V
No litoral brasileiro, que apresentava um
solo fértil, considerado altamente favorável ao
cultivo da cana-de-açúcar, começaram a ser
implementados, desde meados do século XVL, os
engenhos, que se relacionavam diretamente com
as regras estabelecidas pelo pacto colonial. Para a
produção do açúcar era necessária a plantação em
larga escala da cana-de açúcar, o que era feito nas
terras mais úmidas e para isso foi devastada uma
grande área da Mata Atlântica.
(CATELLI JÚNIOR, Roberto. História: Texto e Contexto.
São Paulo: Scipione, 2006.p.162)
Texto VI
A densa floresta litorânea que impressionou os
colonizadores portugueses há quinhentos anos foi
intensamente explorada no decorrer do
tempo.[...JEssa rica vegetação foi
sistematicamente arrasada por séculos de
exploração: inicialmente com a extração do pau-
brasil e depois com as sucessivas derrubadas e
queimadas, que possibilitaram o plantio de cana,
café e pastagens.
(LEÃO, Regina Machado. A Floresta e o Homem. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Instituto de
Pesquisas e Estudos Florestais, 2000 pp. 129-130)
A plantação da cana-de-açúcar foi a base do
processo de colonização inicial de Portugal nas
suas terras do litoral Atlântico. As formas de
trabalho que com ela se instituem nas terras do
nordeste promoveram no espaço colonial:
uma ampla ocupação de grandes lotes de
terra e a formação dos latifúndios, o que
resultou na expulsão das populações
indigenas que ali moravam e na derrubada
de grandes áreas florestais.
O a apropriação de grandes reservas florestais
pelo estado português que, ao mesmo
tempo em que incentivava a plantação da
cana e a produção do açúcar no litoral
brasileiro, buscava alternativas para manter
áreas de floresta da Mata Atlântica.
O a formação de grandes vazios demográficos
decorrentes da expulsão das populações
indigenas que habitavam essa região e
alterações profundas na paisagem que
circundava essa área devido à criação
extensiva de gado, o que provocou a
extinção da vegetação.
O o surgimento de regiões desérticas, em
vários dos seus espaços territoriais, isto
porque os portugueses, por não dominarem
a técnica do cultivo da cana-de-açúcar, se
apropriaram das técnicas usadas pelos
índios. A adoção da coivara é um exemplo,
resultando no esgotamento do solo e na
derrubada de muitas árvores.
O profundas mudanças nos bosques de
árvores de pau-brasil que se estendiam por
todo o litoral e que foram sistematicamente
derrubados pela ação do colonizador. A
partir dos meados do século XVI, o pau-
brasil passa a ser extraído de forma
extensiva, utilizando-se como mão de obra
predominante a do índio transformado em
escravo.