A independência política do Brasil em relação à
Portugal, proclamada em 7 de setembro de
1822 não significou pronta alteração no jogo
político existente em algumas províncias do
nascente Império. No Grão-Pará, alguns grupos
civis e militares protagonizaram agitações e
revoltas contra o poder tradicional exercido pela
elite portuguesa ligada à Lisboa. A luta pela
emancipação política do Pará,
contraditoriamente, não contou com o apoio do
poder imperial, que atuou na repressão às
ações dos emancipacionistas, como é
exemplificado pelo episódio da morte de
soldados e civis no Brigue “Palhaço”. A
explicação para isto corresponde a:
O postura do governo imperial interessada em
manter a estabilidade da ordem política e
social nas províncias, e que estava
assentada na manutenção do poder dos
herdeiros das elites coloniais.
O pressão do governo português em favor da
defesa dos lusitanos que permaneceram no
Brasil e viram seus negócios prejudicados
pela independência e pela ação da
monarquia a favor das revoltas provinciais.
O necessidade de manter a ordem econômica
associada ao tráfico negreiro e ao consumo
de produtos manufaturados oriundos das
fábricas portuguesas. Os ataques a
portugueses poderiam resultar na
instabilidade dessa prática econômica.
O possibilidade de levantes de caráter
estritamente popular, envolvendo escravos,
ex-escravos e indígenas destribalizados,
que viessem a revolucionar a nascente
sociedade imperial.
O a nova colonização econômica inglesa sobre
o Brasil, interessada em manter o jogo
sócio-político interno herdado do período
colonial e então representado pela
proeminência política e econômica dos
portugueses.