O processo de ocupação e valorização
econômica da região Amazônica, especialmente
ao longo do século XX e mais especificamente
nas décadas posteriores a 1960, ensejou várias
formas de estruturação do espaço paraense.
Neste contexto, é verdadeiro afirmar que:
© o noroeste do estado que corresponde, em
grande parte, às fronteiras internacionais
com a República da Guiana e o Suriname, é
uma das áreas de intensa transformação
espacial, significativa densidade
demográfica e valorização econômica, fatos
estes relacionados à implantação de
reservas extrativistas (RESEXS) que
mantêm a dinâmica econômica baseada na
exploração da borracha.
O o sul/sudeste do estado tem áreas
diversificadas, com forte ocupação recente
induzida principalmente pelo Estado,
responsável pela implantação de
infraestrutura, especialmente energética e
viária, implementação de — políticas
migratórias e concessão de incentivos
fiscais, criando condições para a expansão
econômica. Embora intensamente ocupada,
preserva grande parte das paisagens
vegetais originais e a prática de atividades
tradicionais, o extrativismo vegetal e a
agricultura de subsistência.
O a área circunvizinha a Belém possui uma
estrutura espacial organizada, sendo a
capital paraense a única cidade da região
que tem o “status de região metropolitana”.
Nos últimos anos, esta área teve seu
dinamismo econômico intensificado em
função da significativa atividade portuária
relacionada à exportação de ferro via Vila
do Conde.
O o oeste paraense é uma das áreas de maior
conservação ambiental do estado, possui
larga produção de bauxita, sendo também
uma fronteira agricola em franca expansão
com destaque para o cultivo do algodão.
Esta potencialidade de recursos torna a
economia local dinâmica, é uma área
servida por excelente rede viária, com
estradas federais de ótimas condições: a
Transamazônica e a Santarém-Cuiabá.
O localizada no centro do Pará, a Terra do
Meio é uma das regiões mais importantes
para conservação da sociobiodiversidade da
Amazônia, mas também o palco de intensos
conflitos fundiários. Segundo o Greenpeace,
na região continuam ocorrendo intensas
queimadas, extração ilegal de madeira e
implantação de pastos para a pecuária,
atividade responsável, em grande parte,
pela degradação ambiental que aí ocorre.