Feitas as contas, a historiografia tradicional do bandeirantismo
errou na proposição secundária (as bandeiras caçavam índios para
vendê-los no Norte), mas acertou na principal (as bandeiras foram
originadas pela quebra do tráfico atlântico): os anos 1625-50 con-
figuram, incontestavelmente, um período de “fome de cativos”.
(Luiz Felipe de Alencastro, O trato do viventes. p. 198.9)
Esse “período de “fome de cativos” relacionou-se
(A) aos conflitos entre os holandeses e os portugueses no con-
trole sobre o tráfico negreiro africano.
(B) às inúmeras guerras internas na África, que diminuíram dras-
ticamente a oferta de homens para o tráfico intercontinental.
(C) à ascensão da marinha de guerra inglesa que, interessada
na exploração da África, conteve a retirada de homens do
continente.
(D) à ação militar e diplomática da França, que obteve o mono-
pólio virtual do tráfico de escravos para a América.
(E) à importantes restrições de escravização dos africanos
impostas pela Igreja Católica.