Leia o texto:
“O terror como substituto da propaganda alcançou maior importância
no nazismo do que no comunismo. Os nazistas (...) matavam pequenos
funcionários socialistas ou membros influentes dos partidos inimigos,
procurando mostrar à população o perigo que podia acarretar o simples fato
de pertencer a um partido. Esse tipo de terror dirigido contra as massas
era valioso (...) e aumentou progressivamente porque nem a polícia nem
Os tribunais processavam seriamente os criminosos políticos da chamada
Direita. Para a população em geral, tornava-se claro que o poder dos
nazistas era maior que o das autoridades, e que era mais seguro pertencer
a uma organização nazista do que ser um republicano leal”.
Hannah Arendt. Origens do totalitarismo: Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo.
São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 477
E correto afirmar que, no Nazismo assim como em outros regimes totalitários,
a) apropaganda e o terror eram faces da mesma moeda, pois impediam qualquer
manifestação contrária ao governo, pressionando a população pela filiação
em partidos políticos defensores da política oficial.
b) o uso do terror era de fundamental importância, na medida em que
pressionava a população para a coletividade das ações, não deixando, assim,
espaço para expressões de pensamento e ideologias diferentes.
c) a atuação de grupos paramilitares se mostrou menos eficiente do que
a propaganda e o terror sobre a população, pois atos terroristas eram
frontalmente combatidos pelas autoridades governamentais.
d) a adesão das massas socialistas e republicanas às ações do governo era
fundamental, pois legitimava as ações de Hitler; daí o uso intenso do terror
e da propaganda como forma de trazer o apoio das massas.
e) a deslegitimação do pensamento contrário era fundamental, pois só assim
seria implantada a coletividade necessária para a realização das políticas de
bem-estar social, defendidas por Hitler e levadas a cabo na Itália e no Brasil.