A cidade dos sonhos do arquiteto Le Corbusier teve enorme impacto em nossas cidades.
Ele procurou fazer do planejamento para automóveis um elemento essencial do seu
projeto. Traçou grandes artérias de mão única para trânsito expresso. Reduziu o número
de ruas porque “os cruzamentos são inimigos do tráfego”. Manteve os pedestres fora das
ruas e dentro dos parques. Essa visão deu enorme impulso aos defensores do zoneamento
urbano e dos conceitos de superquadra. Não importava quão vulgar ou acanhado fosse o
projeto, quão árido ou inútil o espaço, quão monótona fosse a vista, a imitação de Le Corbusier
gritava: “Olhem o que eu fiz!”.
Adaptado de JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
O texto expressa a crítica de Jane Jacobs a um modelo urbanístico importante ao longo do
século XX. A escritora defendia a mistura de usos no espaço urbano de forma a valorizá-lo e a
fortalecer o convívio.
A cidade que apresenta o predomínio do padrão urbano criticado por Jane Jacobs é:
(A) Brasília
(B) Curitiba
(C) São Paulo
(
D) Belo Horizonte