Eles viveram décadas de incerteza: não sabiam, quando chegavam ao aterro de Gramacho
para disputar lixo com urubus, porcos e cachorros, quanto conseguiriam faturar na jornada. A
partir de 1º de junho, quando o maior lixão da América Latina — que se estende por uma área
de 1,3 milhão de metros quadrados, à beira da Baía de Guanabara — fechar finalmente as
portas após 34 anos de atividade, a incerteza será bem mais grave. Cerca de 17/00 catadores
vão ser obrigados a se despedir da vida que sempre conheceram. Em 18% dos domicílios
com catadores, há pobreza extrema. Com o fim do aterro, a renda familiar per capita será
reduzida a um terço. Outro dado alarmante: 20% dos catadores jamais estudaram.
Adaptado de O Globo, 27/05/2012.
A situação dos catadores que trabalhavam em Gramacho é um exemplo de como a produção
de lixo provoca impactos socioambientais, aumentando a poluição e favorecendo subempregos.
Uma alternativa viabilizadora da diminuição desses impactos causados pelo acúmulo de lixo
está associada à:
(A) privatização do sistema de coleta domiciliar
(B) centralização de núcleos de tratamento sanitário
(C) promoção de técnicas de aproveitamento de resíduos
(
D) exportação do descarte eletrônico de origem empresarial