“O computador, dando prioridade à busca pela
própria felicidade, parou de trabalhar para os humanos”.
É assim que termina o conto O dia em que um computador
escreveu um conto, escrito por uma inteligência artificial
com a ajuda de cientistas humanos.
Os cientistas selecionaram palavras e frases que
seriam usadas na narrativa, e definiram um roteiro geral
da história, que serviria como guia para a inteligência
artificial. A partir daí, o computador criou o texto
combinando as frases e seguindo as diretrizes que
os cientistas impuseram. Os juízes não sabem quais
textos são escritos por humanos e quais são feitos por
computadores, o que mostra que o conto estava bem
escrito. O dia só não passou para as próximas etapas
porque, de acordo com os juízes, os personagens não
foram muito bem descritos, embora o texto estivesse
estruturalmente impecável.
A ideia dos cientistas é continuar desenvolvendo a
criatividade da IA para que ela se pareça cada vez mais
com a humana. Simular esse tipo de resposta é difícil,
porque o computador precisa ter, primeiro, um banco de
dados vasto vinculado a uma programação específica
para cada tipo de projeto — escrita, pintura, música,
desenho e por aí val.
D'ANGELO, H. Disponível em: https://super.abril.com.br.
Acesso em: 5 dez. 2018.
O êxito e as limitações da tecnologia utilizada na
composição do conto evidenciam a
indistinção entre personagens produzidos por
máquinas e seres humanos.
necessidade de reformulação da base de dados
elaborada por cientistas.
autonomia de programas computacionais no
desenvolvimento ficcional.
diferença entre a estrutura e a criatividade da
linguagem humana.
qualidade artística de textos produzidos por
computadores.
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