No conto “O espelho”, de Machado de Assis, o esboço de
uma nova teoria sobre a dupla natureza da alma humana é
apresentado por Jacobina. A personagem narra a situação
em que se viu sozinha na casa da tia Marcolina.
“As horas batiam de século a século no velho relógio da
sala, cuja pêndula, tic-tac, tic-tac, feria-me a alma interior
como um piparote contínuo da eternidade.”
Considerando os indicadores da passagem do tempo na
citação, é correto afirmar que
a) o movimento oscilante do pêndulo do relógio expressa
a duplicidade da alma interior.
b) o som do velho relógio da sala materializa
acusticamente a longevidade da alma interior.
c) a sonoridade repetitiva do pêndulo intensifica as
aflições da alma interior.
d) o contínuo batimento das horas sugere o vigor da alma
interior.