Leia o texto a seguir.
A tecnologia tem permitido que filhos vivam sob permanente monitoramento dos pais.
Do ultrassom 3D do bebê no útero às câmeras on-line nas maternidades e escolas infantis
até a instalação de GPS no celular e no carro de adolescentes, a vigilância pode ser
constante.
Em São Paulo, pais de crianças pequenas integraram mais um item à cadeia de
monitoramento eletrônico: estão instalando câmeras em casa para vigiar seus filhos
enquanto trabalham fora. São verdadeiros "big brothers" domésticos.
O monitoramento é condenado por psicólogos e pedagogos, que veem prejuízo na
relação de pais e filhos. "E uma loucura”, define a psicóloga Ana Bahia Bock, professora da
PUC.
Já as empresas de segurança eletrônica comemoram. Algumas registram aumento de
250% de instalações de câmeras no interior de casas. Uma delas instalou 500 aparelhos em
2007, 300 a mais do que em 2006. "Na maioria dos casos, os pais têm crianças pequenas,
instalam câmeras nos ambientes e avisam a babá sobre o monitoramento", diz Thiago
Títero, dono da empresa.
Educadores e psicólogos avaliam que o monitoramento eletrônico dos filhos reflete
uma falta de confiança no outro e pode comprometer a educação dos filhos na busca de
autonomia. "Há aquela ideia de que o outro é sempre uma ameaça”, diz a psicóloga Rosely
Sayão.
COLLUCCI, Claudia. Disponivel em: . Acesso em: 2 de março de 2016
(fragmento).
Com base no texto, faça o que se pede.
A) Transcreva uma sequência narrativa e uma sequência argumentativa. Justifique sua
resposta.
B) Redija um parágrafo, explicitando a temática do texto.