O Brasil conheceu em 2015 a pior epidemia de dengue de sua história.
Segundo o Ministério da Saúde, foram notificados mais de 1,5 milhão de
possíveis casos da doença, que resultaram em 811 mortes.
Viu, além disso, a chegada do vírus zika, que rapidamente se espraia pelo
território. Dados oficiais estimam em ao menos 500 mil o número de possíveis
contaminações por esse agente infeccioso.
A princípio considerado pouco perigoso, o Zzika tornou-se motivo de
inquietação após ser confirmada a relação enire o vírus e o nascimento de
bebês com microcefalia.
Tais números evidenciam as diversas falhas no combate ao mosquito
transmissor dos dois patógenos, o famigerado Aedes aegypii.
Como se não bastasse, é provável que esse quadro se agrave em 2016.
Dados oficias mostram 199 municípios sob risco de novas epidemias de
dengue, zika e chikungunya e 665 em situação de alerta — cifras mais
expressivas do que as registradas no ano passado.
Diante de tal situação, seria de se esperar que as autoridades buscassem
com máxima presteza todos os meios para enfrentar a doença e o seu
transmissor. O sentido de urgência, entretanto, parece não contaminar a
burocracia nacional.
Folha de S. Paulo, 11 de dezembro de 2015 (fragmento).
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