Na Amazônia, nenhuma intervenção humana provoca
tantas mudanças como uma rodovia. Pouco mais de
40 anos após a inauguração, a Transamazônica parece
andar em círculos desde que foi aberta, sob o lema de
“Integrar para não entregar”. Entre as duas pontas da
rodovia de 1751 km, menos de 10% estão asfaltados,
predominam na paisagem pastos subutilizados e terras
indígenas sob pressão de madeireiros e garimpeiros.
(Fabiano Maisonnave e Lalo de Almeida. “Símbolo da ditadura
vira rota do crime”. Folha de S.Paulo, 23.10.2016. Adaptado.)
O excerto traz um conjunto de informações sobre a
atuação do Estado brasileiro na imensa região amazônica,
a saber:
(A) ações pautadas por interesses de países estrangei-
ros, com capital, mão de obra e tecnologia vindos do
exterior.
(B) planos de desenvolvimento autônomo da Amazônia,
com a exploração sustentável de recursos florestais
e minerais.
(C) projetos de modernização de rápida realização, com
resultados econômicos imediatos e duradouros.
(D) grandes projetos dispendiosos, com custos ambien-
tais relevantes e ameaças às sociedades tradicionais.
(E) utilização da rede fluvial para o transporte de merca-
dorias, com proteção da pequena empresa local e
proibição da concentração fundiária.