Pelo cais do Valongo, no Rio de Janeiro, passaram,
entre 1811 e 1831, 1 milhão de africanos. Com a revitali-
zação da área portuária iniciada em 2011, tendo em vista
as Olimpiadas de 2016, foi aberta uma espécie de “cena
do crime”. O complexo do Valongo era formado por casas
que armazenavam e comercializavam escravos. Os que
não resistiam eram enterrados em valas comuns a pou-
cos metros do cais. O local é o sonho de qualquer arqueo-
logo, trazendo à luz pilhas de objetos pessoais e rituais
de cativos recém-chegados da África: contas, búzios,
cachimbos, brincos com a “meia-lua” islâmica, miçangas
e até pedras de assentamento de orixás”.
(Carlos Haag. “Ossos que falam”. Pesquisa Fapesp,
dezembro de 2011. Adaptado.)
A obra no cais do Valongo possibilitou a obtenção de
informações valiosas sobre o período da escravidão no
Brasil. Os objetos encontrados são
(A) provas históricas do cuidado do governo para com os
escravos recém-chegados.
(B) vestígios, que comprovam a ausência de cultura das
sociedades africanas.
(C) artefatos, que revelam o esforço de cristianização dos
africanos no Brasil.
(D) indícios da pequena importância da escravidão para a
economia brasileira.
(E) fontes materiais, que permitem definir a origem cultu-
ral e geográfica dos escravos.