Para os historiadores das décadas de 1960 e 1970, o Brasile a Argentina teriam
sido manipulados por interesses da Grã-Betanha, maior potência capitalista da
época, para aniquilar o desenvolvimento autônomo paraguaio, abrindo um novo
mercado consumidor para os produtos britânicos. A guerra era uma das opções
possíveis, que acabou por se concretizar, uma vez que interessava a todos os
envolvidos. Seus governantes, tendo por base informações parciais ou falsas do
contexto platino e do inimigo em potencial, anteviram um conflito rápido, no qual
seus objetivos seriam alcançados com o menor custo possível. Aqui não há
“bandidos” ou “mocinhos”, mas interesses.
DORATIOTTO, Francisco. Maldita guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 87-96.
(Adaptado).
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito militar no qual o Brasil se envolveu em sua
história. Nas novas interpretações dos historiadores para a guerra,
A) tem sido destacada a natureza democrática do governo de Solano López, bem como a
crescente industrialização do Paraguai.
B) tem sido enfatizada a importância do conflito para o fortalecimento do regime
monárquico brasileiro.
C) tem sido valorizada a dinâmica geopolítica interna do continente sul-americano, em
oposição as teorias da responsabilidade externa pela guerra.
D) têm sido destacados os interesses expansionistas brasileiros como a principal causa da
guerra.