Leia a crônica “Forra”, de Millôr Fernandes.
Fr
Nossa modesta profissão -— “artista” ou
“escritor” — tem uma incrível concorrência
amadora. Todo médico, engenheiro, ou físico,
sempre desenha melhor do que nós; todo
arquiteto, biólogo ou construtor, nas horas de
folga, escrevem coisas que... nem Flaubert, pô!
Todos, naturalmente, esperando se aposentar
de suas coisas mais sérias e profundas para se
dedicar full-time a estas (nossas) atividades e
provar que apenas não tinham tempo
disponível. Mas se pensam que não vou reagir,
estão enganados. Também estou apenas
esperando me aposentar para ser um militar
amador ou melhor, por que não?, um
ginecologista amador. Ou não pode?
Considere as seguintes afirmações sobre a crônica.
1 - O uso de aspas em “artista” e “escritor” marca
a ironia em relação a profissões reconhecidas,
como médico, engenheiro ou físico.
Il - O autor quer se aposentar para ser
ginecologista amador.
HI- O uso da ironia permite discutir o que é ser
profissional ou amador.
Quais estão corretas?
(A) Apenas 1.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas 1 e III.
(E) I, Ile III.