NEM TUDO QUE RELUZ E OURO
A semiótica é o idioma comum entre arte e criminalística, em mostra sobre violência na América Latina
Como representar a violência sem estetizá-la até o nível da banalidade” Feita por uma estudante de criminalística, a
pergunta foi dirigida para um fotógrafo venezuelano que, desde 2008, orienta seu trabalho a documentar a violência e
suas consequências. Ele apresentava as bases de seu trabalho na série Plomos (2011-2012) no simpósio Arte e
Violência na América Latina Hoje, realizado na mais conceituada escola de direito penal de Nova York, em maio. Em
suas fotografias, o artista coloca uma lente de aumento sobre objetos brilhantes que, a princípio, parecem esculturas
de bronze, mas que na realidade são vestígios de munição, deformados pela violência do impacto. Inevitavel, a
pergunta da aluna já havia sido prevista pelas curadoras que organizaram o simpósio e a exposição. Parte dos 15
artistas convidados lida com astúcia com o dilema proposto: como se reportar visualmente a toda violência que está
aquém das aparências. [...]
Revista Select: Arte e Cultura Contemporânea. Jun/jul 2016. Ed. 30. Ano 05. São Paulo: Acrobática, 2016. (Adaptado)
O título Nem tudo que reluz é ouro se relaciona semanticamente ao conteúdo do texto, compondo uma
intertextualidade.
Com base na relação semântica entre o título e o texto,
a) transcreva um fragmento que serve de base para a construção do título.
b) explique como o referido título funciona na argumentação do texto.