Retomemos aqui o assunto principal desta palestra, que é o problema da conciliação do interesse individual com o
interesse coletivo. Este tema, como todos sabemos, é tratado [...] em sua famosa passagem da mão invisível. Seu
argumento diz, basicamente, que cada indivíduo, agindo apenas em nome de seu próprio interesse, acaba contribuindo,
sem o saber, para o bem comum, que, em nenhum momento, tinha sido seu objetivo declarado. [...]
[...] o argumento [...] tem a ver com crescimento econômico. Diz ele que, como é do interesse de cada indivíduo
enriquecer, e como cada indivíduo sabe melhor do que outras pessoas julgar seu próprio interesse e decidir sobre os
melhores meios de atingi-lo, o melhor que ele tem a fazer é buscar seu próprio interesse. Ao agir dessa forma, esse
indivíduo enriquecerá. Ora, se todos agirem assim, todos enriquecerão e, portanto, o país como um todo enriquecerá.
Vemos assim que o argumento original da mão invisível não é tão paradoxal quanto pode parecer para alguns, afinal
de contas. Isso porque o interesse individual não é antagônico ao interesse geral. Muito pelo contrário, sob essa Ótica,
o interesse geral é simples soma dos interesses individuais. (RETOMEMOS... 2017).
A origem da riqueza das nações sempre foi motivo de debate e divergência entre pesquisadores, cientistas e políticos, sendo que
o pensamento econômico retratado no texto se relaciona ao
(A) Renascimento, que acreditava na razão como elemento de crítica ao teocentrismo medieval, que negava a acumulação de
capital individual, buscando o fortalecimento do Estado.
Calvinismo, quando afirmava ser a mão invisível de Deus determinava que todos os homens, principalmente os trabalhadores,
tinham possibilidade de enriquecimento, dependendo apenas do esforço individual.
Mercantilismo, que se baseava na ideia de que o Estado deveria promover a liberdade de produção e comercialização,
objetivando o enriquecimento individual e, consequentemente, do Estado.
liberalismo econômico, que defendia a plena liberdade individual de produção, sem a interferência estatal, como elemento
de progresso e de promoção da riqueza da nação.
Estado de Bem-Estar Social, consolidado após a Segunda Guerra Mundial, que, no contexto da Guerra Fria, criticava a
planificação estatal soviética e defendia a existência de um Estado Mínimo.