Observe a figura abaixo em que o artista do século
XVIII, Carlos Julião, representa um velho
português assediando, com bilhetinhos, uma
jovem mestiça.
Myriam B
MOTA,
cavernas ao Terceiro Milênio. 2. ed.
São Paulo: Moderna, 2002. p. 232.
BRAICK, Patrícia R. História: das
Fonte:
A questão do assédio sexual, mostrada na imagem,
não é, portanto, uma problemática recente. Sobre a
relação entre família e a sexualidade no Brasil
Colonial, é correto afirmar:
a)
e)
a)
e)
A Igreja Católica no Brasil, diferentemente da
Europa, incentivava, até oficialmente, as
chamadas “uniões ilícitas”, nas quais as pessoas
conviviam sem se casarem. Pois, para a Igreja,
importava, muito mais, a catequese dos filhos
oriundos dessas uniões do que o cumprimento
dos próprios preceitos religiosos.
A existência da chamada “família patriarcal” era
comum entre segmentos sociais de elite, em
que o patriarca dominava uma ampla rede de
relações. Essa configuração familiar era
formada por um chefe, sua mulher e filhos,
além de outros parentes, agregados e escravos.
A presença de famílias comandadas por
mulheres era ponco comum, devido ao forte
patriarcalismo, principalmente entre os
segmentos mais pobres, mesmo quando os
homens da Colônia estavam fora de casa. Eles
se ausentavam, para capturar índios e procurar
ouro ou trabalho em engenhos e fazendas.
O casamento legítimo era muito acessível a
todos os segmentos sociais, apesar de exigir
uma grande quantidade de documentos,
geralmente vindos de Portugal. Essa
modalidade de união conjugal foi bastante
praticada, até mesmo pelas pessoas mais
pobres, devido ao seu fervoroso catolicismo.
A instituição da escravidão e a proximidade
com as aldeias indígenas permitiram a muitos
portugueses que tivessem filhos com africanas
e indígenas fora dos casamentos oficiais. Mas as
autoridades metropolitanas, devido ao
Padroado, fiscalizavam e puniam severamente
tais práticas, consideradas ilegais.