As Revoltas de Junho não têm lideranças, palanques nem
discursos. As passeatas se formam, se dividem e se reúnem
sem roteiro estabelecido. É difícil até prever onde vão surgir
e ganhar corpo. Organizam-se a partir de catalisadores nas
redes sociais e no boca a boca das mensagens de texto. Tão
importante quanto se sentir parte é fazer a sua própria mani-
festação, é encenar a individualidade sem diluí-la no coletivo,
sem colá-la em uma liderança ou grupo.
(Marcos Nobre. Imobilismo em movimento:
da abertura democrática ao governo Dilma, 2013.)
A partir do texto, é possível afirmar que as revoltas de junho
de 2013 no Brasil
(A) representaram uma guinada conservadora e foram con-
troladas por membros de partidos políticos de direita.
(B) demonstraram a insatisfação dos jovens com a dificul-
dade de acesso à tecnologia de ponta e organizaram-se
de forma articulada e pacífica.
(C) iniciaram-se nos protestos sindicais por aumentos de
salários e questionaram os gastos públicos com grandes
eventos esportivos.
(D) assumiram postura política anti-institucional e amplia-
ram-se com a divulgação dos protestos através de meios
eletrônicos.
(E) rejeitaram as demandas de indivíduos ou grupos espe-
cíficos e reivindicaram mudanças na política econômica
governamental.