Considera-se que no início da filosofia e da ciência moderna, com Descartes e a Revolução Científica do séc.
XVII, houve uma mudança fundamental na relação entre sujeito e sua confiança nas possibilidades da razão, o
que resultou na mudança da questão ontológica grega, que perguntava pelo ser, para a questão gnosiológica
que pergunta pelas possibilidades e limites da razão. Diante dessa questão surgem duas grandes correntes que
marcam o pensamento moderno: o racionalismo e o empirismo. Em relação a tais tendências verifica-se que
a) Oo racionalismo, ao contrário do empirismo, preocupa-se em levantar hipóteses passíveis de serem
submetidas ao controle empírico e matemático em condições de laboratório.
b) a questão gnosiológica de saber o que se pode conhecer foi tratada da mesma forma por empiristas e
racionalistas que defendiam os mesmos critérios para determinar a verdade dos fatos e da existência
humana.
c) a questão gnosiológica colocada por racionalistas e empiristas só reforça sua confiança na razão,
denotando uma falta de preocupação em determinar os limites e as possibilidades da racionalidade.
d) o racionalismo defende o inatismo das ideais, o critério da evidência e a capacidade da razão em
desvendar os mistérios da natureza e do universo, ao passo que o empirismo nega o inatismo,
estabelecendo o critério da verificação para legitimar suas proposições.