A filosofia existencialista foi uma das mais populares no século XX e teve várias correntes. O mais destacado
pensador existencialista foi Jean-Paul Sartre. Esse filósofo teve duas fases em seu pensamento. Na primeira
fase, ele argumentou que o indivíduo está condenado a ser livre e apelar para os determinismos seria usar de
má-fé. Na segunda fase, ele modera esse pensamento e passa a destacar a questão da situação, dos grupos
sociais, das classes sociais. Nessa segunda fase, ele assevera que
a) os intelectuais devem ser engajados, pois “nem uma pedra é neutra” e por isso é preciso assumir a
responsabilidade por si e pelos outros, o que ocorre através do engajamento ao lado do proletariado.
b) o homem continua “condenado a ser livre” e isso significa que, mesmo quando ele escolhe a não
liberdade, ele continua escolhendo, o que demonstra que continua sendo livre e definindo seu destino.
Cc) Os seres humanos precisam fazer escolhas e que o “projeto original”, que é aquilo que define o indivíduo,
deve ser direcionado para a luta pela transformação social através da filiação a um partido político.
d) o indivíduo é “condicionado pela sociedade” e por diversas determinações, e que por isso é necessário o
engajamento em atividades extra-sociais, como o isolamento e a produção artística solipsista.
e) o que importa, para o indivíduo, não é “o que ele faz de si mesmo e sim o que ele faz daquilo que fizeram
dele”, o que significa admitir que existem determinações, mas que elas não têm importância.