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Hoje, com a interdependência e a globalização dos mer- cados e de tecnologias, o capital, as empresas e a comu- nicação derrubam as fronteiras nacionais, há interação de mão de obra de um lugar para outro. Utopicamente, não houvesse soberanias exclusivas, protecionismos unilaterais, e o constrangedor passaporte, a migração seria uma forma interativa de enriquecimento cultural e social entre diferentes pessoas no mundo. Mas a força de trabalho encontra barrei- ras e indisposição por toda parte na América do Norte e na Europa, bem como em vários países da Ásia e mesmo em países em desenvolvimento. (Clóvis Brigagão e Gilberto M. A. Rodrigues. Globalização a olho nu, 1998. Adaptado.) De acordo com o texto, o mundo globalizado atual (A) proporciona uma maior mobilidade dos trabalhadores, porém esta é restrita aos mais qualificados. (B) apoia-se na rapidez e nas facilidades trazidas pelos novos meios de comunicação, o que enfraquece os Estados nacionais. (C) abole gradualmente as políticas protecionistas tanto nos países desenvolvidos como nos países em desen- volvimento. (D) permite a integração de mercados e de tecnologias, mas impõe obstáculos aos fluxos migratórios. (E) favorece o compartilhamento de tecnologias entre os países, o que diminui as desigualdades entre nações ricas e pobres.

Há 25 anos, as emissoras tradicionais podiam interrom- per a divulgação de vídeos que possivelmente seriam do inte- resse de milhões de pessoas — das estrepolias divertidas de um gato doméstico às decapitações brutais perpetradas por grupos terroristas — negando-se a levá-los ao ar. Hoje, as emissoras tradicionais ainda podem se recusar a transmitir determinado conteúdo, e às vezes o fazem. Mas sua função como difusores da informação praticamente evaporou: se o conteúdo viralizar o bastante, ele tende a se espalhar pelas redes sociais, tenham as emissoras tradicionais decidido transmiti-lo ou não. (Yascha Mounk. O povo contra a democracia: por que nossa liberdade corre perigo e como salvá-la, 2019.) Segundo o texto, as novas mídias sociais (A) concorrem em pé de igualdade com emissoras consagra- das no que diz respeito à captação de recursos comer- ciais gerados pelos conteúdos divulgados. (B) são incapazes de romper com as formas convencio- nais de comunicação devido à resistência do público a conteúdos sensacionalistas. (C) complementam as informações das mídias tradicionais com base em acordos pré-estabelecidos. (D) modificam as formas de produção e difusão das informa- ções no mundo contemporâneo. (E) encontram-se condicionadas às pautas e regulamenta- ções da imprensa e redes de televisão nacionais.

Examine a charge que faz referência à construção da usi- na hidrelétrica de Belo Monte, no estado do Pará. (https://cardapiopedagogico.blogspot.com.br) A charge aborda uma questão de ordem (A) política, revelando as qualidades na comunicação e no acolhimento da população diante de grandes obras infraestruturais. (B) territorial, indicando prejuizos na fauna e na flora bra- sileira pela modernização de técnicas construtivas. (C) estratégica, que inviabiliza as práticas despojadas e as soluções tradicionais para a construção do espaço. (D) social, que compromete as bases culturais e os meios de sobrevivência de comunidades tradicionais. (E) econômica, que exige novas ferramentas e maiores investimentos para o equilíbrio da relação sociedade- -natureza.