As crenças de navegadores portugueses e espanhóis
dos séculos XV e XVI, inspiradas na teologia medieval,
de que o Paraíso estava ao alcance dos homens,
embora em lugar ainda desconhecido, estimularam as
viagens de “descobertas” que incorporaram o Novo
Mundo ao espaço geográfico das terras conhecidas
pelos europeus. As pistas desta mentalidade estão em
obras filosóficas e literárias da Antiguidade Greco-
Romana e de autores humanistas, além de novelas de
cavalaria. O conteúdo destas obras fazia parte do
patrimônio intelectual europeu de fins da Idade Média e
fomeceu o quadro mental a partir do qual foram escritas
as obras de viajantes europeus que vieram à América
no século XVI. A busca do paraíso terrestre, quando da
expansão marítima europeia voltada para a descoberta
de novas rotas de comércio com o Oriente, significou:
O aruptura entre a mentalidade medieval e aquela do
Renascimento.
a permanência de elementos da mentalidade
medieval no período inicial do Renascimento.
a confirmação dos relatos bíblicos, que podiam ser
constatados com as navegações.
a correspondência entre as crenças europeias e os
mitos indígenas do Novo Mundo.
o uso da justificativa religiosa para o financiamento
das navegações pelas Coroas Ibéricas.
vo os