O trecho do romance Minha vida de menina que ilustra de
modo mais preciso o que, para o crítico Alexandre Eulálio,
representa “a coexistência íntima de dois mundos culturais
divergentes” é:
(A) “Se há uma coisa que me faz muita tristeza é gostar muito
de uma pessoa, pensando que ela é boa e depois ver que é
ruim”.
(B) “Eu tinha muita inveja de ver meus irmãos montarem no
cavalo em pelo, mas agora estou curada e não montarei
nunca mais na minha vida”.
(C) “Já refleti muito desde ontem e vi que o único meio de ter
vestido é vendendo o broche. Vou dormir ainda esta noite
com isto na cabeça e vou conversar com Nossa Senhora
tudo direitinho”.
(D) “Se eu não ouvir missa no domingo, como quando estou na
Boa Vista onde não há igreja e não posso ouvir no Bom
Sucesso, fico o dia todo com um prego na consciência me
aferroando”.
(E) “Este ano saiu à rua a procissão de Cinzas que há muitos
anos não havia. Dizem que não saía há muito tempo por
falta de santos, porque muitos já estavam quebrados”.