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Texto VI
A expansão cafeeira em direção ao Oeste de
São Paulo, inaugurada justamente na fase de
abolição do tráfico atlântico, além de estimular os
debates e políticas imigrantistas, ativou outras
formas de tráfico de escravos, dessa vez entre
regiões do Brasil.[...] Essa nova modalidade de
tráfico negociou basicamente crioulos e, como no
tráfico atlântico, nela predominaram homens
adultos, sendo poucas as mulheres e menos ainda
as crianças e velhos.
(VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Imperial (1822-
1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 237-239.)
O desenraizamento do escravo crioulo provocado
pelo tráfico interno teve peso considerável para o
fim da escravidão, pois:
O a separação de famílias, ou o perigo dela,
gerava revoltas, fugas, formação de
quilombos e atentados individuais contra
senhores e feitores, sem contar os suicídios.
O o progressivo aparecimento de pequenos
proprietários de escravos contribuiu para a
crescente deslegitimação da propriedade
escrava e o aumento das forças opositoras ao
escravismo.
O os escravos de nação resistiram ao processo
de ladinização, que afetava o modo de vida
de africanos, desestimulando o trabalho
coletivo, base das estratégias de resistência.
O o número de escravos nas áreas urbanizadas
aumentou em relação ao das rurais, onde os
fazendeiros rejeitaram o tráfico
interprovincial e investiram na abolição.
O as Províncias onde o número de escravos era
maior antes de 1850 aderiram à campanha
abolicionista deflagrada pelo Império para
combater o tráfico intemo e estimular a
imigração.