- “Século XXI: maior tolerância e quebra de tabus são a marca da primeira
década. Bancas de jornais exibem “mulheres frutas” de todos os tamanhos. Nas
propagandas, casais seminus lambem os beiços e trocam olhares açucarados. Nas
novelas de televisão, em horário, nobre, nenhum personagem hesita em retificar suas
preferências sexuais, em expô-los e em expor-se. Na frente das câmaras, segredos
pessoais são revelados sem constrangimento. Práticas antes marginalizadas estão nas
telas. A Internet abriu um universo de possibilidades para o sexo. Nos sites, “ricos e
famosos” falam abertamente de sua vida particular. A privacidade entrou na rede social”
(DEL PRIORY Mary. Histórias íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil. São
Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2011, p. 10)
Considerando as temáticas abordadas pela historiadora Mary Del Priory, assinale a única
afirmativa correta nos itens a seguir.
No Brasil, entre os séculos XVI e XVIII, a vida quotidiana era completamente desregulada. Fazer
sexo, andar nu ou ter reações eróticas eram completamente liberados pelas leis e pela Igreja. O
sentimento de individualidade sobrepunha-se ao de coletividade;
No Brasil colonial, as regras e os ritos vindos da Europa foram consolidadas entre índios e
escravos que facilmente assimilaram os conceitos de vergonha, pudor e castidade;
O banho gozou de pouco prestígio entre as civilizações antigas, pois estava associado ao prazer.
Com o cristianismo, os banhos passaram a ser incentivados para os religiosos, sobretudo os
jovens, pois simbolizavam a pureza da alma;
Durante a Idade Média, homens e mulheres se banhavam juntos, sem cobrirem suas partes
pudendas, inclusive nos banhos públicos;
Na fase da colonização brasileira pelos portugueses, enquanto nossos índios davam exemplo de
higiene, banhando-se nos rios, os europeus eram perseguidos pelas leis das reformas católica e
protestante que lhes interditavam nadar nus.