“É indispensável romper com todas as diplomacias nocivas,
mandar pro diabo qualquer forma de hipocrisia, suprimir as
políticas literárias e conquistar uma profunda sinceridade pra
com os outros e pra consigo mesmo. A convicção dessa
urgência foi pra mim a melhor conquista até hoje do
movimento que chamam de “modernismo”. Foi ela que nos
permitiu a intuição de que carecemos, sob pena de morte, de
procurar uma arte de expressão nacional”.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. O lado oposto e outros lados, 1926.
“Trazendo de países distantes nossas formas de convívio,
nossas instituições, nossas ideias, e timbrando em manter
tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil,
somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra”.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil, 1936.
Os dois excertos do historiador e crítico literário Sérgio
Buarque de Holanda salientam que a cultura brasileira
somente completará a sua formação quando
(A) souber reproduzir fielmente os modelos externos.
(B) importar uma estética à altura da sua genialidade.
(C) abolir a necessidade de figurar o caráter nacional.
(D) deixar a posição de colônia e se tornar metrópole.
(E) firmar, na arte e na vida social, a sua autenticidade.