Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia
regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para
descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso
conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto.
Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se
resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que
os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.
KANT, Critica da razão pura. Lisboa: Calousto-Gutbenkian. 1994 (adaptado)
O trecho em questão é uma referência ao que ficou
conhecido como revolução copemicana na filosofia. Nele,
confrontam-se duas posições filosóficas que
O assumem pontos de vista opostos acerca da natureza
do conhecimento.
O defendem que o conhecimento é impossível,
restando-nos somente o ceticismo.
& revelama relação de interdependência entre os dados
da experiência e a reflexão filosófica.
O apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia,
na primazia das ideias em relação aos objetos.
@ refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso
conhecimento e são ambas recusadas por Kant.