Os dois-pontos podem delimitar uma relação entre uma expressão e a especificação de seu
sentido.
Observa-se esse uso dos dois-pontos no trecho apresentado em:
(A) São fronteiras feitas para, ao mesmo tempo, delimitar e negociar: o “dentro” e o “fora”
trocam-se por tumos. (£. 4-5)
(B) Mas o que aqueles pássaros construíram não foi uma parede: foi um buraco. (£. 13)
(C) Nesse mesmo berço aconteceu um fato curioso: um oficial do exército francês inventou um
código de gravação de mensagens em alto-relevo. (£. 21-22)
(D) Somos um pouco como a tucana que se despluma dentro do escuro: temos a ilusão de que
a nossa proteção vem da espessura da parede. (£. 27-28)