Atente aos seguintes excertos:
“[...] Agora, saindo dessa dura crise, tinha ele,
graças a Viena, cidade envenenada mas tão
instrutiva, os olhos definitivamente abertos sobre os
dois perigos — dupla face do mesmo gênio diabólico
— que ameaçavam a própria existência do povo
alemão: marxismo e judaísmo”;
“Viena revela-lhe ainda um terceiro perigo: o
parlamentarismo. [...] por curiosidade entra no
Reichsrat* de Viena. Então sente-se tomado do mais
vivo sentimento de repulsão. Espetáculo lamentável
e ridículo.”.
* Reichsrat - uma das casas que compõem o
legislativo em países de língua germânica, similar à
camara alta do parlamento inglês.
CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de
Maquiavel aos nossos dias. trad. Lydia Christina. 5 ed. Rio
de Janeiro: Agir, 1990, p. 389.
Em sua análise sobre a obra política de Adolf Hitler,
Mein Kampf (Minha Luta), o historiador, jurista e
professor francês Jean-Jacques Chevallier aponta a
importância da passagem do jovem Hitler por Viena
e o quanto suas experiências na capital austríaca
serviram para fundamentar o pensamento do criador
do Nazismo.
Com base nos trechos apresentados, percebem-se
três aspectos fundamentais do pensamento Nazista,
quais sejam:
A) 1- combate ao socialismo marxista — ou
anticomunismo;
2- Ojeriza à presença de judeus — ou
antissemitismo; e
3- totalitarismo oriundo da descrença no
sistema de governo parlamentarista.
B) 1- apoio ao socialismo marxista — ou
comunismo;
2- estímulo ao pan-eslavismo; e
3- crença no sucesso da democracia
representada pelo parlamento.
C) 1- combate ao socialismo soviético — ou
nacionalismo;
2- antieslavismo, apoio aos judeus alemães
contra os judeus eslavos; e
3- antiliberalismo representado pelo apoio ao
regime monárquico dos Habsburgos.
D) 1- objeção ao pensamento marxista — ou
anticomunismo;
2- combate ao pangermanismo que afastava os
austríacos do Reich; e
3- crença no modelo parlamentarista de
governo.