INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. À redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO |
No dia da primeira exibição pública de cinema — 28 de dezembro de 1895, em Paris —, um homem de teatro que
trabalhava com mágicas, Georges Mélies, foi falar com Lumiere, um dos inventores do cinema; queria adquirir um
aparelho, e Lumiére desencorajou-o, disse-lhe que o “Cinematógrapho” não tinha o menor futuro como espetáculo,
era um instrumento científico para reproduzir o movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o
público, no inicio, se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumiere enganou-se.
Como essa estranha máquina de austeros cientistas virou uma máquina de contar estórias para enormes plateias,
de geração em geração, durante já quase um século?
BERNARDET, Jean-Claude. O que é Cinema. In BERNARDET, Jean-Claude; ROSSI, Clóvis. O que é Jornalismo, O que é Editora,
O que é Cinema. São Paulo: Brasiliense, 1993.
TEXTO II
Edgar Morin define o cinema como uma máquina que registra a existência e a restitui como tal, porém levando em
consideração o indivíduo, ou seja, o cinema seria um meio de transpor para a tela o universo pessoal, solicitando
a participação do espectador.
GUTFREIND, C. F. O filme e a representação do real. E-Compós, v. 6, 11, 2006 (adaptado).
TEXTO II TEXTO IV
DA TELONA 2 AR : o. O Brasil já teve um parque exibidor vigoroso e descentralizado:
PARAAS ei ne quase 3 300 salas em 1975, uma para cada 30 000 habitantes,
P q : ; ec
TELINHAS - =v O 80% em cidades do interior. Desde então, o país mudou.
CRESCE O PERCENTUAL DE BRASILEIROS ow . . .
QUE FREQUENTAM SALAS DE CINEMA E | — Quase 120 milhões de pessoas a mais passaram a viver nas cidades.
O INTERESSE POR FILMES TEM DESTAQUE . ~ . . .
NO CONSUMO DE TV. ENTENDA! A urbanização acelerada, a falta de investimentos em infraestrutura
Ro urbana, a baixa capitalização das empresas exibidoras, as
Sys mudanças tecnológicas, entre outros fatores, alteraram a geografia
2
17 do cinema. Em 1997, chegamos a pouco mais de 1 000 salas.
88%, 17% Com a expansão dos shopping centers, a atividade de exibição
0 . , . . , .
dos telespectadores da população frequenta se reorganizou. O número de cinemas duplicou, até chegar as
assistem a filmes o cinema’, no total , , , ; o
na TV, regularmente atuais 2 200 salas. Esse crescimento, porém, além de insuficiente
(o Brasil é apenas o 60º país na relação habitantes por sala),
ocorreu de forma concentrada. Foram privilegiadas as áreas de
renda mais alta das grandes cidades. Populações inteiras foram
95% | | | |
os que foram ao excluidas do universo do cinema ou continuam mal atendidas:
dos telespectadores e
de filmes na TV vão cpema assistem a o Norte e o Nordeste, as periferias urbanas, as cidades pequenas
ao cinema “assistiu nos últimos 30 dias ES médias do interior.
Disponível em: www.meioemensagem.com. Disponível em: https://cinemapertodevoce.ancine.gov.br.
Acesso em: 12 jun. 2019 (adaptado). Acesso em: 13 jun. 2019 (fragmento).
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.