“(...) no segundo ano do governo de Araújo Lima aumentaram as disputas
políticas no Congresso. (...) por lá os ânimos estavam divididos. A saída
veio rápida, e inesperada, a despeito de não ser de todo inusitada. O único
consenso possível foi antecipar a maioridade política do menino Pedro, que
na época contava apenas catorze anos. (...). Porisso preparou-se um golpe,
o golpe da maioridade, e o maior ritual público que o Brasil já conheceu”.
Lilia M. Schwarcz e Heloísa M. Starling. Brasil: Uma biografia. São Paulo: Companhia
das Letras, 2015, p. 266
Assinale a alternativa correta que contenha o contexto em que ocorreu o golpe
a que o texto se refere.
a)
b)
d)
A antecipação da maioridade do imperador demonstrou a incapacidade
política das elites brasileiras, reunidas no partido conservador, em gerenciar
o país; daí a necessidade de recorrer à figura de D. Pedro, ainda menino,
para solucionar o problema.
O golpe da maioridade foi a resposta dos Conservadores às reformas
promovidas pelos Liberais, o que reforçou o clima de instabilidade política
vivida no país e acentuou a crise política, só superada, por sua vez, com a
proclamação da República.
Diante das várias rebeliões regenciais, dos projetos republicanos e da
radicalização da situação, reforçou-se uma saída simbólica, sustentada em
um regime monárquico de governo, em que só o monarca poderia garantir
a unidade nacional.
Diante das pressões políticas, da crise econômica e das insatisfações sociais,
a maioridade de D. Pedro foi a saída encontrada pela família imperial, à
revelia do Congresso, para se manter a unidade nacional e o poder das elites
agrárias nacionais.
Venerado pelas camadas populares, D. Pedro II usou de sua popularidade
para angariar apoio à sua ascensão ao poder, mesmo que, para isso, tenha
mergulhado o pais em uma instabilidade politica que s6 seria superada com
a Lei Aurea.