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1(PUC - RIO DE JANEIRO - 2017)Número Original: 0Código: 6630979

Vestibular - Primeiro Dia - Grupo 1 - Grupo 3 - Grupo 4 - Grupo 5

Redação
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Questão de Vestibular - PUC - RIO DE JANEIRO  2017
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Produza um texto dissertativo-argumentativo — com cerca de 25 linhas e título sugestivo — , discorrendo sobre a necessidade do ser humano de viver transformações e de mudar o mundo a sua volta. Os textos abaixo — assim como os lidos na prova de Português e Literatura — destinam-se a servir de base para suas reflexões. Eles podem ser mencionados, em parte, na sua redação, mas em forma de DISCURSO INDIRETO ou de PARÁFRASE, com menção da fonte. O primeiro deles — de Affonso Romano de Sant'Anna —, embora focalize, especialmente, a chamada crise dos quarenta anos, pode inspirá-lo a desenvolver suas próprias ideias sobre as transformações por que passam todos no mundo — jovens ou adultos. NÃO ASSINE. 1. Texto adaptado da crônica “O voo da águia”, do escritor Affonso Romano de Sant'Anna! — Vou transcrever um texto que recebi, pois acredito que, às vezes, um texto parabólico, eliptico, pode nos dizer mais que outros pretensamente objetivos. Eilo: “A águia é a única ave que chega a viver setenta anos. Mas para isso acontecer, por volta dos quarenta, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão. Nessa idade, suas unhas estão compridas e flexíveis. Não conseguem mais agarrar as presas das quais se alimenta. Seu bico, alongado e pontiagudo, curva-se. As asas, envelhecidas e pesadas em função da espessura das penas, apontam contra o peito. Voar já é difícil. Nesse momento crucial de sua vida, a águia tem duas alternativas — não fazer nada e morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que se estenderá por 150 dias. A nossa águia decide enfrentar o desafio. Ela voa para o alto de uma montanha e recolhe-se a um ninho próximo a um paredão, onde não precisará voar. Aí, ela começa a bater com o bico na rocha até conseguir arrancá-lo. Depois, a águia espera nascer um novo bico, com o qual vai arrancar as velhas unhas. Quando as novas unhas começarem a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. Só após cinco meses, ela pode sair para o voo de renovação e viver, então, mais 30 anos”. Realmente, já ouvi muitas coisas que podem estar relacionadas a essa história. Especialistas em administração, por exemplo, afirmam que tem uma hora em que as empresas começam a crescer, e seus dirigentes têm que tomar uma decisão — ou fazem com que cresçam de vez, assumindo mais pesados desafios, ou, então, fecham, porque ficar estagnado é apenas adiar a morte. Nossa sociedade pensou ter inventado uma maneira de resolver, nos seres humanos, o drama da águia com viagens, compras, cosmética, cirurgia plástica e outros recursos superficiais. Mas aquela outra águia — a da história acima — prefere uma solução que veio de dentro e que exige transformação profunda. Escolhe recolher-se a um paredão, destruir o velho e inútil bico, esperar que outro surja e com ele arrancar as penas, num rito de reiniciação de 150 dias. Então a águia, digamos, acabou de perder o emprego: tem que descobrir outro trajeto diário, outras aptidões, enfrentar a humilhação. Então, a águia, digamos, acabou de mudar de país: a crise ou o amor levou-a a outras paragens, tem que reaprender a linguagem de tudo e reinventar sua imagem em outro espelho. Então, a águia, digamos, acabou de perder alguém querido: é como se uma parte do corpo lhe tivesse sido arrancada; sente que não poderá mais voar como antes. Então, a águia, digamos, está numa nova situação em que está sendo desafiada a mostrar sua competência: tem medo do fracasso, acha que não terá garras nem asas para voar mais alto. Então, a águia, digamos, andou olhando sua pele, sua resistência física, certa degeneração: há que jogar fora o bico velho, arrancar as velhas penas, e recomeçar. Época de metamorfose. Os estudiosos da metamorfose dizem que não apenas larvas se transformam em borboletas. Para nosso espanto, as próprias pedras passam também por silenciosas metamorfoses. Enfim, parece que estamos condenados à metamorfose. Morrer várias vezes e várias vezes renascer. Até que, enfim, cheguemos à metamorfose final, onde o que era sonho e came se converte em pó. Mas que fique sempre no azul o imponderável voo da águia. 2. Texto adaptado de palavras do filósofo e místico Chandra Mohan Jain (Osho)? . Dizem que, antes de um rio entrar no mar, ele treme de medo. Olha para trás, para a jomada que percorreu — os cumes, as montanhas —, para o longo caminho que trilhou — florestas e povoados —, e vé à sua frente o vasto oceano. Entrar seria o mesmo que desaparecer naquela massa enorme para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Voltar é impossível na existência. O rio precisa se arriscar. Somente quando entrar no oceano é que vai superar o medo: apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer, mas de se tornar oceano. 1-0 Globo”, Segundo Cademo, edição de 03/01/2001, pág. oito. Apud site “Releituras” Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2016. 2 Disponivel em: . Acesso em: 2 ago. 2016. 3. Texto adaptado da página “Ciência para um mundo em transformação”.? Nos oceanos, o sol aciona o ciclo da água, aquecendo-a. Em seguida, ela se evapora para o ar. As correntes de ar que se elevam na atmosfera levam o vapor para cima junto com a água que transpirou das plantas e da terra. O vapor sobe no ar, onde temperaturas mais baixas vão fazer com que ele se condense em nuvens. As correntes de ar movem as nuvens ao redor do globo, e as partículas de água colidem, caindo do céu como precipitação ou chuva. Alguma precipitação cai como neve e pode se acumular como camadas de gelo e geleiras. A neve nos climas mais quentes frequentemente se derrete quando chega a primavera, e a água derretida escorre sobre a terra como uma corrente. Parte da neve e do gelo se sublima diretamente em vapor, pulando a fase de fusão completamente. A maior parte da precipitação cai de volta nos oceanos e na terra, onde, devido à gravidade, a precipitação flui sobre o terreno. Parte dessa corrente entra nos rios, os quais acabam correndo para o mar. A corrente de superfície e a água do lençol, vazando da terra, acumula-se como água doce em lagos e rios. Entretanto nem toda a corrente flui para os rios. Muito dela infiltra-se nas profundezas do solo, armazenando-se. Alguma infiltração permanece próxima à superfície e pode vazar de volta em corpos de água da superfície — e do oceano — como descarga do lençol subterrâneo. Do mesmo modo, alguma água do lençol acha aberturas e emerge como fontes de água doce. No tempo, então, essa água continua a movimentar-se, a transformar-se. Uma porção dela reentra nos oceanos, onde o ciclo termina e, infinitamente, recomeça 3 Disponivel em: . Acesso em: 1 ago. 2016.


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2(PUC - RIO DE JANEIRO- aa - 2017)Número Original: 0Código: 6627755

Vestibular - Primeiro Dia - Grupo 2

Redação
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Questão de Vestibular - PUC - RIO DE JANEIRO 2017
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Produza um texto dissertativo-argumentativo — com cerca de 25 linhas e título sugestivo —, discorrendo sobre se é possível (recomendável, viável, desejável) — ou não — responder às agressões do mundo contemporâneo com afeto. Os trechos a seguir têm por objetivo ajudá-lo a desenvolver suas próprias ideias acerca do assunto. Esses trechos — assim como os da prova de Português e Literatura — podem ser reproduzidos, em parte, na sua redação, mas em forma de DISCURSO INDIRETO ou de PARÁFRASE, com menção às devidas fontes. NÃO ASSINE. XR 7 1. Trecho adaptado do artigo “O afeto no tempo” (2005)' , do psicanalista Carlos Pinto Corrêa — Afeto é a adesão por outrem, designando um estado moral — bom ou mau. É, também, uma disposição de alma: agrado e desagrado; emoção (amizade, amor, ira, paixão). Na filosofia, entendem-se como afeto, em seu senso comum, as emoções positivas que se referem a pessoas e que não têm o caráter dominantemente totalitário da paixão. Enquanto as emoções podem se referir a pessoas e coisas, os afetos são emoções que acompanham algumas relações interpessoais, das quais fica excluída a dominação pela paixão. Daí a temporalidade indicada pelo adjetivo afetuoso que traduz atitudes como a bondade, a benevolência, a inclinação, a devoção, a proteção, o apego, a gratidão, a temura, etc. Segundo o filósofo italiano Nicola Abbagnano (1901-1990), a palavra “afeição” é usada, filosoficamente, em sua maior extensão e generalidade: designa toda condição que consiste em “sofrer uma ação, sendo influenciado ou modificado por ela”. Implica, portanto, uma ação sofrida. Diz-se que um metal é afetado pelo ácido, e que alguém tem uma afecção pulmonar, mas as palavras afeto e paixão são reservadas aos humanos. [..] O homem moderno parece viver uma espécie de contradição com o tempo, uma disputa em que as horas são, ao mesmo tempo, amigas e inimigas. Com isso, o tempo perde sua suposta condição de objetividade, tornando-se um ponto de incidência de suas reações afetivas. O tempo que passa, o difícil dia que se finda, a marca atenuada ou culposa do passado, a implacável incisão do presente, ou o campo de incertezas do futuro, são marcas de uma adjetivação clara em que falar do tempo sugere sempre uma conotação de bom, mau, produtivo, triste, alegre. O afeto incide sobre o tempo vivido transformando-o e tornando-o um atributo (com qualidades que não pertencem à sua essência). Estados diferentes de afeto são responsáveis pela percepção alterada do tempo. Já se definiu a angústia como uma concentração de tempo. Palavras, ocorrências, dificuldades a resolver, o trabalho e afetos diferentes, muitas vezes coisas toleráveis a seu tempo, se reúnem em um espaço de tempo impossível à consciência. De outra forma, a relação entre afeto e percepção subjetiva do tempo é uma vivência comum a todos nós. A lentidão do tempo de sofrimento e de espera e o tédio imobilizador do relógio fazem contraponto aos momentos felizes, ao encontro com o prazer, quando tudo passa tão depressa. 2. Trecho adaptado da entrevista — “Entre o afeto e a agressão, como nos relacionamos?”? — com Maria Rita Bicalho Kehl, publicada na edição 327, de junho de 2002, do “Jornal Mundo Jovem” — Costumamos usar a palavra cordial num sentido afetivo, simpático, doce. Entretanto, é um termo que foi usado pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda para definir um modo de dominação próprio da cultura brasileira. Ele usa esse termo no seu sentido bem radical mesmo: cordial, no dicionário, é aquilo que é do coração. Assim, dizer que, no Brasil, a cultura é cordial não tem nada a ver com o cordial no sentido de simpático, bonzinho, mas no sentido de guiado pelo coração. E isso significa que as relações podem ser muito afetuosas, ou muito sedutoras, mas que também podem ser muito violentas, muito agressivas. Estou fazendo esse percurso só para chegar à atualidade, no início do século XXI, porque a gente tem a impressão, ainda hoje, de que se vivia num país cordial, no sentido do senso comum dessa palavra, e que, de décadas para cá, o pais se tornou violento. De repente acabou a cordialidade nas relações interpessoais? Subitamente, todos nos tornamos agressivos? Tenho a impressão de que não. O que nós vemos hoje é consequência da cordialidade na cultura brasileira. Nunca se estabeleceu um modo de livre negociação entre as classes, em que as que são exploradas, como acontece em qualquer lugar do mundo, tivessem uma certa dignidade, uma certa possibilidade de apresentar as suas reivindicações, de se fazer ouvir, de se fazer respeitar. Todos estão sempre esperando aparecer um favor daqui, uma proteção dali, um jeitinho. E enquanto isso não vai acontecendo, o outro modo de se impor é pela violência. Vivemos o limite da cordialidade com uma cultura impregnada, ao mesmo tempo, de sedução afetiva e de violência. São as duas faces da moeda. 1 Disponível em: . Acesso em: 31 jul. 2016. 2 Disponível em: . Acesso em: 31 jul. 2016. 3. Trecho de palestra da escritora Adélia Prado, publicada na revista “Ecológico” (28/10/2013)? — “Quando falo em ética e poesia, estou falando de dois fenômenos humanos que nascem, como diria Guimaráes Rosa, da 'terceira margem da alma’, que 6 onde brota a criação artística e onde se estabelece em nós a sensibilidade. O senso moral e o senso estético da beleza não são uma invenção do homem, mas uma descoberta. Acredito que, para fazer e consumir poesia, assim como para tratar um doente, é absolutamente necessário considerar os afetos. Sou afetada em minha vida e aquilo que me faz feliz ou infeliz não é uma coisa que eu sei, mas algo que sinto. Do ponto de vista acadêmico, posso ser o melhor da turma, o que detém mais títulos, mas se eu não tiver o olhar, uma atenção real para o outro, todo o meu saber científico não vai trabalhar em função da cura. As nossas doenças e dificuldades nascem nesse lugar onde eu me faço pessoa e, para existir de modo feliz, eu preciso ser amada e amar” 3 Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2016.


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3(PUC - RIO DE JANEIRO - 2015)Número Original: 0Código: 6489737

Vestibular de Inverno - Manhã - Outros Cursos - Administração - Ciências Biológicas - Ciências da Computação - Sistemas de informações - (Núcleo Básico de Computação)

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Questão de Vestibular - PUC - RIO DE JANEIRO 2015
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A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir (título de um dos livros do educador Rubem Alves) inspira o tema desta proposta de produção de texto. Seguindo as instruções abaixo, escreva um texto dissertativo-argumentativo - com cerca de 25 linhas -, discorrendo sobre o que você considera ser a escola ideal. Seu texto deve, obrigatoriamente, RESUMIR e COMENTAR alguma parte de pelo menos um dos textos da prova, seja para concordar com ele ou para discordar de seu teor - acrescentando a devida referencialização. Além disso, pelo menos uma frase de um dos textos da prova deve ser inserida em seu texto, também com a inclusão do nome do seu autor. Dê um título ci ro ao seu texto. Texto 1 A educação pelo ovo José Castello A educação não é um caminho em linha reta. Não deve ser confundida com a programação, ou a habilitação. Não é um adestramento. Diante dela, a literatura se torna um terreno de resistência. Encontro fortes exemplos disso em "Tempos de escola/ Contos, crônicas e memórias”, volume do selo Boa Companhia (Companhia das Letras). Autores tão distintos quanto Olavo Bilac, Carlos Drummond de Andrade, Sérgio Sant'Anna e Lima Barreto, entre outros, nos levam a encarar a educação não como um processo lógico, resultado só da aplicação coerente de métodos próprios, mas, também, como uma espécie de iluminação. Algo que se passa - ou não - dentro de cada um. Começo pelos breves textos de Carlos Drummond. Em “A escola perfeita”, vários métodos educacionais são experimentados. Primeiro, imagina-se a criação de uma Escola de Pais, em que as famílias sejam adestradas na arte de adestrar os filhos. Não dá certo. A direção da escola decide deixar a tarefa, então, nas mãos dos próprios filhos, mas isso também não funciona. Em uma solução híbrida, imagina-se a criação de uma escola conjunta de pais e filhos, "sem programa definido”, mas mesmo o incerto não produz resultado algum. A resposta só aparece na criação de uma escola que imita a natureza, “uma escola natural de coisas, em que tudo fosse objeto de curiosidade, sem currículo”. Surge assim uma Escola da Natureza, “sem mestres, sem alunos, sem decreto, sem diploma, onde todos aprendem de todos”. A nova escola — que anula a própria ideia de escola — é regida por dois princípios que, normalmente, excluímos do ensino: a alegria e a falta de cerimônia. Só assim, abdicando do caráter reto para imitar a incoerência da vida, o novo método funciona. As palavras - Drummond nos alerta - têm um poder devastador que, em geral, desconsideramos. Leia-se, agora, “Poder da etimologia”. O professor Nemésio explica à aluna Cacilda que, segundo as teses de Zambaldi, seu nome quer dizer “a que combate com lança”. Antes uma menina doce, a revelação transforma Cacilda em uma criança “suscetível e mesmo agressiva”. A família toma satisfações com o mestre. Ele só consegue resolver o estrago quando nega sua própria afirmação. "Minha filha, isso de etimologia é muito discutível, cada uma diz uma coisa”. Garante, então, que as teses tradicionais de Zambaldi estão desacreditadas. “O verdadeiro significado do nome de uma pessoa é o que lhe confere a pessoa que o tem”. Cada um é dono de seu próprio nome. Novamente de posse de si mesma, ela volta a ser uma menina suave e gentil. É em nós mesmos, e não nos compêndios, que encontramos a origem de nosso nome. Em “Nova carta de ABC”, Olavo Bilac relata a história de um menino que encontra um método invertido de alfabetização. Fascinado por cinema, ele aprende a ler sozinho decifrando os cartazes dos filmes. “Todos nós aprendemos a ler indo da parte para o todo, começando pelas letras, passando às silabas e acabando pelas palavras e frases”. Mas agora o garoto inverte o processo e parte das frases prontas para, só depois, chegar às palavras e, enfim, às letras. “A paixão sempre opera milagres”. Graças a sua paixão pelo cinema, o garoto criou seu próprio método, que funciona muito mais rápido que o método tradicional. Mas que, provavelmente, só funciona para ele. A história do menino desfaz um mito cultivado, com fervor, pela maioria dos educadores: o da simplicidade e retidão. Escreve Bilac: "há criaturas que nascem complicadas, (...), não podendo absolutamente compreender o que não é complicado”. Dá o exemplo extremo de um homem que só lê e escreve em uma língua que apenas ele entende. Especifica: “os seus caracteres não são pictográficos, nem ideográficos, nem chineses, nem cuneiformes”. A outro homem seria muito mais fácil aprender a escrita comum, pelos processos comuns. "Mas há gente que só é capaz de fazer o que é difícil”. Tudo depende, outra vez, da intuição. No mais belo relato do livro, "A aula”, de Sérgio Sant'Anna, o ensino é visto como um propósito que ultrapassa as forças humanas. Ao lidar com o aluno, o mestre deve primeiro encontrar sua própria maneira de se aproximar dele. Para chegar a seu objetivo, um professor se vale de um ovo - simbolo da absoluta perfeição e também da origem da vida - e de um cartaz publicitário que traz uma faixa de luz dourada atravessando um fundo de trevas. Preparando-se para a aula, o mestre está desencorajado e chega a ter vertigens. “E, mais do que morrer, teve medo de desabar diante de todos, caindo no ridiculo”. Vai dar a aula inaugural do semestre. Dele esperam clareza e lucidez. Conseguirá? É mal visto pelos colegas. Os acadêmicos o tomam como um “empírico”, um daqueles “que fazem da imaginação e da fantasia uma realidade palpável”. Sua primeira frase anuncia o difícil caminho que escolheu: “Tomemos como princípio o Caos”. Ele também pode ser chamado de informe ou indiferenciado. Para chegar a esse objeto fluido, que está na origem de tudo, os métodos convencionais já não prestam. Agarra-se o mestre, então, ao ovo, "a vida em sua forma mais primária e perfeita”. Ilustra a aula com um ovo roubado de um sanduíche. Suas meditações a respeito desse núcleo primário despertam as risadas dos alunos. A certo momento, como em um mantra, e imitando o Om, Om, Om dos indianos, eles começam a repetir a palavra “ovo”, deixando o professor atordoado. O mestre não se deixa abater. Apresenta, então, a tese paradoxal de que o Ovo Cósmico foi o gerador “inclusive de Deus”. O elo perdido da origem humana seria, assim, essa origem circular, em que o próprio criador é criado por seu objeto, em uma ruptura radical com a noção de tempo evolutivo. A resposta é, portanto, um circulo e não há mais o que transmitir. Resta-lhe lançar o ovo no chão, destruindo qualquer esperança de coerência. De uma forma ou outra, seu método intuitivo abriu uma ferida no espírito de seus discípulos. O professor de Sant'Anna nos ajuda a pensar que a transmissão do saber, muitas vezes, toma as formas mais imprevistas. É com o inesperado que o professor deve jogar, ou estará apenas a repercutir velhas verdades e a massacrar com elas seus alunos. (Texto publicado no suplemento "Prosa", do jornal O Globo, em 25/04/2015) Se a memória não me atrapalha Letícia Novaes Tão engraçadas as convicções que carregamos pra vida. No colégio, sofrendo com aulas e metodologias que já desconfiava que não valeriam muito futuramente, eu me lembro de aprender a fórmula de Báskara e pensar até quando eu manteria aquilo para mim. Um dia meu pneu furou, olhei para o céu, tentei emitir a fórmula, e esperar um gênio, só que não. Só que nunca. Esqueci muito da escola, lembro os professores mais humanistas, os devaneios que inventava pra tentar me manter sã naquele estabelecimento, mas o que me foi ensinado foi deletado ou enclausurado numa parte do cérebro que desconheço. Duvido que algum dia surpreenda a todos numa mesa de bar com algum comentário químico elaborado. Maeana, amiga-artista-UFO, diz que “foi a falta de investimento no subjetivo que deixou a vida assim, sisuda”. Enquanto os herdeiros tentam se achar no exterior, os sobreviventes cariocas tentam pagar um aluguel carésimo, e, nessas horas, juro que me falta uma memória: por que não tive aula de economia no colégio? Por que camuflam um assunto tão universal quanto nossas fezes? Por que raios não nos explicam o que é dinheiro no colégio? E mais: por que não tive aulas de expressão corporal? Não que educação física não fosse importante. Era, sempre foi: a prática do esporte coletivo, a competição, saber perder, saber como se comportar ao ganhar, tudo muito maravilhoso. Mas eu e meu gigantismo aceitariamos bem uma aulinha de corpo. E aposto que tantos outros jovens, os sem jeito e os com jeito, adorariam. Num delírio bem forte também adoraria ter aula de astrologia, mas aí sei da polêmica além que causaria. Se é pra sonhar com uma escola ideal, vou longe. [...] (Trecho de artigo publicado no jornal O Globo, em 22/04/2015)


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4(PUC - RIO DE JANEIRO - 2014)Número Original: 0Código: 6489503

Vestibular de Inverno - Manhã - Outros Cursos - Administração - Ciências Biológicas - Ciências da Computação - Sistemas de informações - (Núcleo Básico de Computação)

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Questão de Vestibular - PUC - RIO DE JANEIRO 2014
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Autocrítica e autoconhecimento; caminhos para o outro Formule um texto (de 20 a 25 linhas) que possa ter o título acima - “Autocrítica e autoconhecimento: caminhos para o outro” -, dissertando a respeito da questão do etnocentrismo na cultura ocidental. Serão valorizadas a coerência, a coesão e a correção de sua escrita. Os trechos a seguir devem ser citados, em seu texto, acompanhados, obrigatoriamente, da menção às devidas fontes (nome do autor e título da obra). NÃO ASSINE. Texto 1 O que é etnocentrismo Etnocentrismo é uma visão do mundo na qual o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como o fato de sentirmos estranheza, medo, hostilidade, etc. [...] Esse problema não é exclusivo de uma determinada época nem de uma única sociedade. Como uma espécie de pano de fundo da questão etnocêntrica, temos a experiência de um choque cultural. De um lado, está "um grupo do eu”, o "nosso" grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita nos mesmos deuses, distribui o poder da mesma forma, empresta à vida significados em comum e procede, por muitas maneiras, semelhantemente. Aí, então, de repente, nos deparamos com um "outro", o grupo do "diferente" que, às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou, quando as faz, é de forma tal que não as reconhecemos como possíveis. Mais grave ainda: esse “outro” também sobrevive à sua maneira, gosta do seu jeito de viver, também está no mundo e, ainda que diferente de nós, também existe. [...] O grupo do "eu" faz, então, da sua visão a única possível ou, mais discretamente, se for o caso, a melhor, à natural, a superior, a certa. O grupo do "outro" fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo, anormal ou ininteligível. Esse processo resulta num considerável reforço da identidade do nosso" grupo. No limite, algumas sociedades chamam-se por nomes que querem dizer "perfeitos", 'excelentes" ou, muito simplesmente, "ser humano"; ao "outro", ao estrangeiro, chamam, por vezes, de 'macacos da terra" ou "ovos de piolho". De qualquer forma, a sociedade do "eu" é a melhor, a superior. É representada como o espaço da cultura e da civilização por excelência. É onde existe o saber, o trabalho, o progresso. A sociedade do "outro" é atrasada. É o espaço da natureza, cheio de selvagens, de bárbaros. Eles são estranhos para nós, pois, lá no fundo, embora não saibamos, somos nós mesmos. Adaptado do livro “O Que é Etnocentrismo”, de Everardo Rocha (Brasiliense, 1984, p. 7-22) Texto 2 Descoberta de novos mundos O antropólogo americano Loren Eiseley (1907-1977) conta uma história que exprime um possível encontro com outras realidades em nossa rotina. Para Eiseley, descobrir outro mundo não é apenas um fato imaginário, mas algo fantástico que acontece aos homens e aos outros animais. Por vezes, as fronteiras entre distintos universos resvalam ou interpenetram-se: basta estar presente nesse momento. O antropólogo relata um fato que viu acontecer com um corvo: “Esse corvo é meu vizinho e eu nunca lhe fiz mal algum, mas ele tem o cuidado de se conservar no cimo das árvores, de voar alto e de evitar a humanidade. O seu mundo principia onde a minha vista acaba. Ora, uma manhã, os nossos campos estavam mergulhados num nevoeiro extraordinariamente espesso, e eu me dirigia às apalpadelas para a estação. Bruscamente, à altura dos meus olhos, surgiram duas asas negras, imensas, precedidas por um bico gigantesco, e tudo isso passou como um raio, soltando um grito de terror tal que eu faço votos para que nunca mais ouça coisa semelhante”. O grito não saiu da mente de Eiseley durante toda a tarde, tamanha foi a sua intensidade. Em virtude do denso nevoeiro, a fronteira entre o mundo do corvo e o dele - um homem - resvalara, caíra, tombara. Aquele corvo, que achava estar voando à altitude habitual, tinha visto, subitamente, um espetáculo contrário, para ele, às leis da natureza: um homem caminhando no espaço, bem no centro do mundo dos corvos. A imensa ave tinha se deparado com a manifestação de estranheza mais completa que podia conceber. Na análise de Eiseley, o animal tinha visto, pela primeira vez, um fantástico homem voador: "Agora , quando me vê, lá do alto, solta pequenos gritos, nos quais reconheço a incerteza de um espírito cujo universo foi abalado. Já não é e nunca mais será como os outros corvos”. Ninguém permanece igual quando se depara com o mundo do “outro”. Adaptado do livro “O Despertar dos Mágicos”, de Louis Pauwels (Tradução de Gina de Freitas para a editora Bertrand Brasil, 1998, p. 23-25) Texto 3 Cri ica é arma contra a desoi ntação Os parâmetros de julgamento dependem de nossas raízes, de nossas preferências, de nossos hábitos, de nossas paixões, de um sistema de valores nosso. Por exemplo: será que julgamos ser um valor prolongar a média de expectativa de vida de 40 para 80 anos? Pessoalmente, acredito que sim, mas muitos místicos poderiam dizer-me que, entre um devasso que viveu 80 anos e São Luiz Gonzaga, que viveu 23, o segundo teve uma vida mais plena. Mas admitamos que o prolongamento da vida seja um valor: se fosse assim, a medicina e a ciência ocidentais certamente seriam superiores a muitos saberes e práticas médicas. Acreditamos que o desenvolvimento tecnológico, a expansão dos comércios, a rapidez dos transportes sejam um valor? Muitíssimos pensam assim e têm o direito de julgar superior a nossa civilização tecnológica. Mas justo no interior do mundo ocidental há aqueles que consideram um valor fundamental uma vida em harmonia com um ambiente não corrompido e, por isso, estão preparados para renunciar a aviões, automóveis e geladeiras para confeccionar cestas e mover-se a pé de vilarejo em vilarejo, desde que não haja buraco na camada de ozônio. E, dessa forma, vejam que, para definir uma cultura como melhor do que a outra, não basta descrevê-la (como faz o antropólogo). É preciso referir-se a um sistema de valores aos quais pensamos não poder renunciar. Só então podemos dizer que a nossa cultura, para nós, é melhor. O problema dos parâmetros não se coloca em chave histórica, mas, sim, em chave contemporânea. Uma das coisas louváveis das culturas ocidentais (livres e pluralistas, e esses são os valores que consideramos irrenunciáveis) é que perceberam há um bom tempo que a mesma pessoa pode ser levada a manobrar parâmetros diferentes e mutuamente contraditórios sobre questões diferentes. Por exemplo, considera-se um bem o prolongamento da vida e um mal a poluição atmosférica, mas sabemos bem que, para termos os laboratórios onde se estuda o prolongamento da vida, é preciso ter um sistema de comunicação e um fornecimento de energia que, possivelmente, por sua vez, produza poluição. A cultura ocidental elaborou a capacidade de desnudar livremente suas próprias contradições. Pode ser que não as resolva, mas sabe que existem e o diz. No fim das contas, todo o debate a favor e contra a globalização está aqui, com exceção dos fascistas, que destroem tudo: como é suportável uma cota de globalização positiva, evitando os riscos e as injustiças da globalização perversa, como se pode prolongar a vida mesmo dos milhões de africanos que morrem de Aids (e, ao mesmo tempo, alongar a nossa) sem aceitar uma economia planetária que faz com que os doentes de Aids morram de fome e com que nós engulamos comidas contaminadas? Mas justamente essa crítica dos parâmetros, que o Ocidente persegue e encoraja, nos faz entender como a questão dos parâmetros é delicada. É justo e civil proteger o sigilo bancário? Muitos consideram que sim. Mas e se esse sigilo permitir aos terroristas manter seu dinheiro na cidade de Londres? E então, a defesa da privacidade é um valor positivo ou dúbio? Nós colocamos nossos parâmetros continuamente em discussão. O mundo ocidental o faz a tal ponto que consente que os próprios cidadãos recusem como positivo o parâmetro de desenvolvimento tecnológico e se tornem budistas ou passem a viver em comunidades onde não se usam pneus, nem mesmo para as carroças a cavalo. A escola deve ensinar a analisar e a discutir os parâmetros sobre os quais se sustentam nossas afirmações passionais. Adaptado do ensaio "Simplificação gera guerras santas”, de Umberto Eco (“Folha de S. Paulo"/"La Republica”, 07/10/2001, tradução de Gustavo Steinberg)


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5(PUC - RIO DE JANEIRO - 2012)Número Original: 0Código: 6488841

Vestibular de Inverno - Manhã - Outros Cursos - Administração - Ciências Biológicas - Ciências da Computação - Sistemas de informações - (Núcleo Básico de Computação)

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Questão de Vestibular - PUC - RIO DE JANEIRO 2012
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As formas de família que se apresentam na sociedade atualmente sofreram inúmeras modificações ao longo da história da humanidade e, do mesmo modo, sua agência vem se transformando ao longo do tempo. Produza um texto dissertativo-argumentativo - com cerca de 25 linhas e título sugestivo -, mostrando como você percebe a família na relação com seus membros e com a sociedade. A seleção de fragmentos de textos a seguir tem por objetivo ajudá-lo a desenvolver suas próprias ideias acerca do assunto. Alguns desses textos - assim como os demais constantes desta prova - podem ser reproduzidos, em parte, na sua redação, mas em forma de DISCURSO INDIRETO ou de PARÁFRASE, com as devidas fontes mencionadas na redação. NÃO ASSINE. Texto 1 “A familia, desde os tempos mais antigos, corresponde a um grupo social que exerce marcada influéncia sobre a vida das pessoas, sendo encarada como um grupo com uma organização complexa, inserido em um contexto social mais amplo com o qual mantém constante interação.” Biasoli-Alves, Z. M. M. (2004). Pesquisando e intervindo com famílias de camadas diversificadas. Em C. R. Althoff, I. Elsen & R. G. Nitschke (Orgs.), Pesquisando a far lhares contemporâneos (p. 91-106). Florianópolis: Papa-livro. Texto 2 “Uma das inovações do Censo Demográfico 2010 se refere à criação de um conjunto de 19 categorias de parentesco para classificar os moradores das unidades domésticas em relação ao responsável, o que possibilita configurar um perfil das formas de organização no seu interior. (...) Trabalhar com categorias de parentesco mais detalhadas apresenta inúmeras vantagens para a compreensão das mudanças que vêm ocorrendo nas formas de organização das unidades domésticas. A desagregação da categoria filho em três alternativas (filho do responsável e do cônjuge, filho somente do responsável e filho somente cônjuge/enteado) permite observar o fenômeno da reconstituição das famílias que vêm crescendo em função do crescimento continuo dos divórcios e recasamentos. A desagregação da categoria pais/sogros possibilita, por outro lado, saber se o parentesco com a pessoa responsável se dá por consanguinidade ou afinidade, e a desagregação neto/bisneto permite captar a convivência de pelo menos três gerações em uma mesma unidade doméstica. Essas informações representam um avanço no conhecimento da formação das unidades domésticas.” http://www. ibge.gov.br/homeyestatistica/populacao/censo2010/indicadores. sociais municipais/indicadores sociais m unicipais.pdf Texto 3 “Preciso me concentrar. É essencial. Por qu 2 Ora, que pergunta! Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema - principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção, paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida - azeitona verde no palito - sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano - quem diria?- solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este, o mais gordo e generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente. E.) O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe "Família à Oswaldo Aranha”, “Família à Rossini”, "Família à Belle Meuniêre” ou “Família ao Molho Pardo” - em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa” e cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. 3) Há famílias, por exemplo, que levam muito tempo para serem preparadas. Fica aquela receita cheia de recomendações de se fazer assim ou assado - uma chatice! Outras, ao contrário, se fazem de repente, de uma hora para a outra, por pura atração física incontrolável - quase sempre de noite. Você acorda de manhã, feliz da vida, e quando vai ver já está com a família feita. Por isso é bom saber a hora certa de abaixar o fogo. Já vi famílias inteiras abortadas por causa de fogo alto. Enfim, receita de família não se copia, se inventa AZEVEDO, Francisco . O arroz de palma. Rio de Janei : Record, 2008. p. 11313.


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